Alguns momentos da família real britânica com certeza ficaram marcados na memória: o dia do casamento do Príncipe William e Kate Middleton, o jubileu (colar de safiras) da rainha Elizabeth II e demais registros do príncipe Harry e Meghan Markle juntos. Esse tipo de fascínio com a realeza é inegável, mas quando essa obsessão entre a aristocracia começou? De acordo com pesquisas realizadas pela psicóloga Tara Emrani, a adoração pela família real é essencialmente da natureza humana. Sua pesquisa começou inicialmente por filósofos famosos, aldeias antigas e celebridades modernas – e como amar uma figura glorificada é uma prática comum – e quase todos os estudos de Tara a levaram à realeza. Então, o que há de tão especial sobre a família real e por que são tão adorados? “A família real britânica encontrou uma maneira de permanecer relevante e estar presente na mídia. E a forma como eles retratam a família é muito relevante para as pessoas, por fazerem coisas normais, frequentarem locais comuns, embora sejam da realeza”, diz a psicóloga. Em outras palavras, o fato de eles participarem de atividades aparentemente “normais” faz com que as pessoas de fora se sintam mais próximas e íntimas desta família. Esta “atração de normalidade” atingiu o pico quando a princesa Diana entrou em cena, durante a transição de “plebéia” para princesa, que foi exposta ao público como um conto de fadas da vida real.
Apesar de Diana ter feito parte da aristocracia britânica antes de se casar com o príncipe Charles, esse movimento de “normal” para “real” estabeleceu a sensação de que isso poderia acontecer com qualquer um. E em 2011, esses sentimentos foram novamente experimentados pelo público quando Kate se casou com William, depois de se encontrar em circunstâncias muito “normais” na universidade.
Então, nosso fascínio e nossa esperança subconsciente de que um dia podemos tornar um membro da realeza é completamente racional, como comprovado pela ciência. Mas, há uma linha tênue entre fascínio e obsessão. Pensar que você realmente conhece uma figura pública – no íntimo – não é saudável. Embora não tenha sido rotulado oficialmente como uma desordem mental, muitos psicólogos referem-se ao nível assustador de obsessão como “síndrome do culto à celebridade”, onde os pacientes perdem sua conexão com a realidade e vivem neste mundo de sonhos alternativos, onde eles estão excessivamente envolvidos com seu ídolo. Concluindo, você até imaginar que irá se casar com Harry e achar que a Princesa Charlotte e Príncipe George são as crianças mais lindas do planeta, mas cuidado, se passar disso pode acabar sendo barrado do Palácio de Buckingham.
Via Bazaar Austrália