
Aos 40 anos, Taís Araujo é movida a inquietação – e paixão. Seus olhos brilham quando ela fala da nova série, “Aruanas”, que se passa na Amazônia e estreia nesta terça-feira (02.07), na Globoplay, e ganha capítulo aberto ao público na quarta (03), na TV Globo.
“Ela me pegou por todos os lados: primeiro, pela qualidade do roteiro, tão bem estruturado. Me lembro que estava na Tailândia, de férias, e comecei a ler, me passaram três episódios dos dez, e fiquei louca, querendo ler mais. Além disso, a trama da minha personagem, uma advogada, é muito maluca, muito diferente de tudo o que já fiz. ‘Que história de adulto!’, pensei”, conta, aos risos.
Mas o fato de a história ser retratada na floresta foi arrebatador para ela. “A preservação da Amazônia é uma questão muito importante e que passa meio ao largo da gente. Digo que conhecemos a Amazônia como espectadores do Globo Repórter, como se não fôssemos pertencentes daquilo. Tem tanta coisa para ser descoberta, para a ciência, para a medicina, está tudo ali. E como a gente abre mão e não dá atenção para a preservação”, lamenta.
A atriz quis mostrar tudo isso para os filhos, João Vicente, prestes a completar 8 anos, e Maria Antonia, de 4, que viram que o enorme Rio Negro que passava na janela do quarto não era um mar, passearam de barco pelos igarapés à noite para ver o brilho dos olhos dos jacarés, deram comida aos macacos que habitam o abandonado hotel Ariaú e viram botos nadando bem pertinho.

Antes disso, a família já tinha passado por uma aventura na África do Sul. “Eles amaram, fizemos safári e tudo, mas, quando os vi rolando na grama do Jardim Botânico da Cidade do Cabo, falei: ‘Bom para eles terem essa vivência, essa bagagem, mas criança não precisa de muita coisa.’ Quanto maior for o repertório, melhor, mas eles ficam felizes é com liberdade, com vivenciar o lugar.”
Taís concorda com aquela máxima de que os pequenos se divertem mais com a embalagem do que com o presente sofisticado. Nesse constante aprendizado da maternidade, ela conta como lida com a diferença de personalidade entre João e Maria. “Tenho uma menina muito segura, para quem preciso dar limites, e um menino que precisa ser expandido”, compara.
“Trabalho com ela na questão de quanto é importante olhar para o outro, colaborar com o outro, porque é uma menina muito bonitinha, uma piscina de carisma e todo mundo fica cedendo a ela o tempo inteiro. Ele é de outro jeito, um cara diplomático, do bem, só pensa no outro, cata lixo na rua… O trabalho com o João é o contrário, de dizer que é lindo pensar no outro, mas se você não estiver bem, não vai conseguir ajudar ninguém. Olhar para você também é importante”, revela.
E Tais brinca que, se tivesse mais um filho, teria um caráter completamente diferente dos outros dois e um novo desafio como mãe. “Andei querendo um terceiro, mas está bom assim!”.
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