Por Cibele Maciet, de Paris
Olá, caro leitor da BAZAAR. Este mês se abre como um mosaico vibrante, onde passado e futuro dialogam em diferentes escalas de beleza. Paris revive seus mitos com a retomada luminosa do Le Palace, enquanto o 19M costura França e Japão em uma travessia poética que celebra gestos, matérias e a força silenciosa dos artesãos. Mais ao norte, Amsterdã mergulha no amarelo incandescente de Van Gogh, transformando a cor em destino e experiência sensorial. No design, o centenário de Andrée Putman reacende um legado de linhas puras e elegância radical, enquanto a moda ganha novos capítulos — da rebeldia refinada de Westwood & Kawakubo à escultura íntima dos earcuffs de Charlotte Chesnais, que continuam a redefinir o desejo contemporâneo. E, entre tanta criação, surge também a nota mais inesperada e necessária: a presença generosa do Dr. João Carlos Geber Júnior, que nos recorda que, mesmo longe das vitrines, existe uma estética profunda no ato de cuidar, e no modo como palavras podem iluminar o que é difícil de nomear. Assim segue o mês: entre luzes, retornos, gestos precisos e histórias que convidam a olhar o mundo com um pouco mais de delicadeza. Conto tudo isso diretamente do Marais, na capital francesa, que chamo de casa há quase dezesseis anos. Porque, afinal, tout commence à Paris. Curieux(se)? Écris-moi: @cibelemaciet.
O retorno do Le Palace: Paris reencontra seu mito!

Le Palace nos tempos de outrora / Foto: Divulgação
Para os festeiros de plantão, outubro de 2026 marca a ressurreição do lendário Le Palace, joia da rue du Faubourg-Montmartre e palco das noites mais febris dos anos 1970 e 1980. Um ícone onde Yves Saint-Laurent, Elton John, Gainsbourg, Grace Jones, Mick Jagger, Tina Turner e Michel Polnareff incendiaram a cena parisiense — e que agora promete reacender a mesma chama. À frente do renascimento, Mickael Chetrit (também comandante do Métropole e do Palais des Glaces), convoca o olhar magistral de Jacques Garcia para restaurar mosaicos, fachadas e vitrines míticas, preservando o espírito que fez do Palace um símbolo planetário. O projeto mira alto: modernizar sem apagar, reinventar sem trair. Uma nova programação fará dialogar artistas internacionais e a vibrante cena francesa, recuperando o brilho que Fabrice Emaer sonhou para o lugar. Com sua reabertura, Le Palace volta a ocupar o posto que sempre lhe pertenceu: não apenas uma sala de espetáculo, mas um capítulo vivo e pulsante da vida cultural parisiense. L-o-u-c-a para ver isso de perto.
Beyond our Horizons no 19M: o encontro França–Japão

19M Chanel Galerie / Foto: Divulgação
No início de 2026, a Galerie du 19M abre suas portas para uma travessia poética entre Paris e Tóquio. De 29 de janeiro a 26 de abril, a exposição “Beyond our Horizons” transforma o espaço em Aubervilliers em um território suspenso, onde lanternas, gestos e matérias revelam a pulsação silenciosa dos Métiers d’Art. Depois do êxito japonês (quase 75 mil visitantes), a mostra renasce em Paris numa cartografia sensível do diálogo entre artesãos e criadores franceses e japoneses. As onze Maisons d’Art do 19M (Atelier Montex, Lesage, Goossens, Lemarié, Maison Michel, entre outras) dividem a cena com artistas convidados sob o olhar curatorial de Momoko Ando, Yoichi Nishio, Shinichiro Ogata, Kayo Tokuda e Aska Yamashita. A cenografia imersiva do ATTA – Atelier Tsuyoshi Tane Architects -, guia o visitante por um percurso onde passado e inovação se tocam. Entre oficinas, encontros e performances, o 19M reafirma sua vocação: transmitir, encantar e expandir horizontes, sempre um pouco além do visível. le19m.com
Quando o amarelo vira destino: Van Gogh e a febre luminosa de Amsterdã

Cuno Amiet, The Yellow Hill, 1903 / Foto: Divulgação
Na próxima primavera europeia, o Van Gogh Museum acende a cidade com” Yellow. Beyond Van Gogh’s Colour”, em cartaz de 13 de fevereiro a 17 de maio de 2026, em Amsterdã. É um desfile do amarelo em todos os seus humores: radioso, atrevido, quase febril Entre Cuno Amiet e seu The Yellow Hill (1903) e os Girassóis de Van Gogh pintados em Arles em 1889, a cor torna-se personagem: ora modernista, ora mística, ora absolutamente escandalosa, como nas capas francesas do fin-de-siècle. O percurso passa pelo amarelo turbulento de Turner, pela vibração interior de Hilma af Klint e Kandinsky, até desembocar no presente de Olafur Eliasson, que ilumina salas inteiras para que o visitante sinta o amarelo na pele. Com o toque do Conservatorium van Amsterdam, da Robertet de Grasse e da RAW Color, o amarelo ganha voz, perfume e movimento. vangoghmuseum.nl
A MEP revela 2026: olhares, ícones e futuro

Dana Lixenberg, “Tupac Shakur, 1993” / Foto: Divulgação
Em 2026, a Maison Européenne de la Photographie (MEP), em Paris, apresenta um calendário que redesenha o olhar contemporâneo. A temporada abre em 11 de fevereiro com “American Images”, grande retrospectiva de Dana Lixenberg, revelando figuras icônicas e narrativas sociais dos Estados Unidos. Em junho, a MEP celebra dois séculos de criação visual com “De A à Z : une histoire de la photographie”, reunindo nomes como Rineke Dijkstra, J.D. ’Okhai Ojeikere e Irving Penn. No mesmo período, Camille Vivier ocupa as galerias com sua poética sensual e escultórica. O outono traz a aguardada retrospectiva “PENN & FASHION” (07.10.2026 – 17.01.2027), dedicada ao mestre Irving Penn e sua relação com Dior, Balenciaga e a história da moda. Paralelamente, o Studio MEP apresenta a nova geração com Joel Quayson, Johny Pitts, Winnie Mo Rielly, Martine Dawson, Nanténé Traoré e David Gilbert. Quem está louca para ver? mep-fr.org
Le Centenaire d’Andrée Putman

Andrée Putman / Foto: Divulgação
Nesse mês, Paris acende os refletores para celebrar o centenário de Andrée Putman, ícone absoluto do design francês. No Studio Andrée Putman, uma exposição imersiva concebida por Thierry Dreyfus e Eyesight se desdobra em três atos sensoriais, guiados pela própria voz da criadora. No térreo, projeções monumentais conduzem à mítica banheira-bola, repousando sobre um mosaico de vidro editada pela Bisazza. No primeiro andar, reaparições de móveis e projetos históricos surgem em uma cenografia em damier, enquanto a grande escada se transforma em um Hall of Fame que revisita a galáxia Putman. No Café Andrée Putman, talks e encontros reúnem figuras do design ao lado das peças icônicas Vertigo, da Maison Christofle. Entre um café Nespresso e uma taça de Veuve Clicquot, revela-se o espírito livre e elegante da designer. A festa continua em janeiro de 2026, nas vitrines da Christofle em Paris e Nova York, onde Vertigo e Idole ganham nova luz. andreeputman.fr
Westwood | Kawakubo: quando duas rebeldes da moda colidem em Melbourne

Westwood & Kawakubo: no NGV International / Foto: Divulgação
No último dia 7, o NGV International inaugurou sua exposição-estrela do verão, reunindo pela primeira vez duas iconoclastas absolutas: Vivienne Westwood (1941–2022) e Rei Kawakubo (1942). Um encontro de forças que redefiniram gosto, gênero e beleza, e que continuam a questionar a própria ideia de roupa. Com quase 150 peças revolucionárias, e empréstimos do Met de Nova York, V&A Museum, Palais Galliera e do arquivo de Westwood, a mostra traça paralelos e tensões entre as duas autodidatas que mudaram a história da moda. De looks punk usados pelos Sex Pistols ao mítico vestido tartan visto em Kate Moss, passando pelo ensemble-escultura de Rihanna no Met Gala, o percurso é uma aula sobre ousadia. Kawakubo surge com seus volumes impossíveis — Two Dimensions (2012), Invisible Clothes (2017) e o icônico Body Meets Dress (1997) — enquanto Westwood aparece em corsets, cortes históricos e provocações políticas. A cenografia coloca as duas como “mãos esquerda e direita”: espelhadas, complementares, inconfundíveis. Em cartaz até 19 de abril de 2026, Melbourne torna-se o palco de duas lendas que mostram que moda é, acima de tudo, liberdade e manifesto.
Ronnie’s abre as portas na Regent Street

Ronnie’s na Regent Street / Foto: Divulgação
Em Londres, na histórica Regent Street, Ronnie Fieg inaugura mais capítulo de sabores. Ronnie’s é o primeiro restaurante independente do fundador da Kith: um bistrô nova-iorquino atravessado por acentos mediterrâneos, onde a memória da cidade que moldou Fieg encontra o rigor elegante londrino. Ao entrar, seja pelo flagship da Kith ou pela porta principal, o visitante atravessa um salão que mistura mármore Rosa Lepanto, vidro estriado e madeira em espinha, como se cada detalhe coreografasse uma carta de amor a Nova York. O cardápio brinca entre afetos e novidades: mozzarella crocante com caviar, sopa de matzá reinventada, latkes com zaatar, branzino aberto ao meio, pastrami sobre challah recém-assado, e o inevitável cheesecake. Há também o balcão de cafés, viennoiseries e delícias para levar — um eco do tempo veloz das cidades que inspiram a casa. Com abertura marcada para o dia 12 desse mês, Ronnie’s nasce para acolher encontros, celebrações e a elegância das pequenas pausas, num restaurante que traduz o espírito de Nova York em sotaque londrino. eu.kith.com
Buly em três atos

Quem me conhece, sabe: sou apaixonada pela Officine Universelle Buly. Agora, na Rue de Richelieu, a poucos passos da Comédie-Française, a nova boutique da marca se revela como uma peça encenada em três atos. Tudo começa sob uma fachada com o charme dos anos 1950, enquanto os passantes observam, intrigados, o balé de pincéis que anuncia a abertura. Lá dentro, um palco de boiseries do século 19 acolhe frisos esculpidos, herbários em mise en abyme e um céu pintado que dialoga com o grande pano de cena da Comédie-Française. No segundo ato, o cenário vira de tempo: aço escovado, luzes frias e uma galeria de pentes que evoca a estética futurista dos anos 1980 – um salto orquestrado com precisão teatral. E o percurso termina no comptoir final, coroado por um dossel metálico, onde cada compra vira ritual, com direito a recibo caligrafado à moda antiga. Para quem estiver por Paris, vale a pena assistir a esse espetáculo. buly1803.com
Quando Paris recebe Milão: L/Uniform & Sant Ambroeus

Tote bag Sant Ambreous & L/UNIFORM / Foto: Divulgação
Paris ganhou um novo ritual de elegância: a chegada do lendário Sant Ambroeus, ícone milanês de hospitalidade e dolce vita, celebrado desde 1936 por seus cafés perfeitos, seu serviço preciso e um estilo que mistura tradição e sofisticação. Para marcar a abertura da primeira casa da marca na cidade, no bairro de Saint-Germain-des-Prés, a francesa L/UNIFORM apresenta uma tote bag exclusiva em edição limitada, inspirada no clássico take-away bag do Sant Ambroeus e na silhueta N°267 da maison. Produzido em lona fina, com detalhes minimalistas e alma artesanal, o modelo é vendido apenas na boutique L/UNIFORM do 1 quai Voltaire e no site de Sant Ambroeus. Um objeto de desejo pensado para a vida real, do café da manhã parisiense às viagens de fim de semana, e que sela, em uma única peça, o diálogo entre o savoir-faire francês e a calorosa estética italiana. luniform.com
Jean Paul Gaultier Défilés — Quarenta anos de revolução na passarela

Jean Paul Gaultier Défilés / Foto: Divulgação
A capital francesa ganhou, no mês passado, uma obra que é quase um atlas emocional da moda: Jean Paul Gaultier Défilés, publicada pela Éditions de La Martinière. Em 632 páginas, a autora Laird Borrelli-Persson, editora-chefe dos arquivos da Vogue, revisita 124 desfiles que marcaram quatro décadas de criação: dos finais dos anos 1970 ao adeus aos pódios, em 2020. Fotografias emblemáticas (mais de 1.300 imagens) recontam a trajetória do “enfant terrible de la mode” que dissolveu fronteiras entre masculino e feminino, luxo e subcultura, elegância e provocação. Peças icônicas como Les Boutons (PE 2003), Barbès (AH 1984-85) ou a homenagem a Frida Kahlo (PE 1998) reaparecem como capítulos vivos da história da moda. Um livro-objeto que se impõe como referência para profissionais e admiradores, celebrando o espírito livre e inventivo da Maison Gaultier. editionsdelamartiniere.fr
As doze linguagens de Margiela

Calendário 12 Days of Margiela / Foto: Dvulgação
Nesse mês de festas, a Maison Margiela abre as portas de um calendário fashion. The 12 Days of Margiela reinventa um objeto de arquivo, o calendário bordado lançado em 2009, para transformá-lo num ritual contemporâneo, um conto numérico que percorre as 24 linhas da Maison. Entre 30 de novembro e 22 de dezembro, cada número marca uma revelação: do laboratório visionário da Line 0 Artisanal, passando pelo guarda-roupa desconstruído da Line 1, o diálogo inesperado da Line 2, os perfumes icônicos da Line 3, a precisão da Line 4 e a insolência inteligente da MM6. O percurso prossegue pelos óculos da Line 8, pelo masculino da Line 10, pelos acessórios da Line 11, até chegar aos objetos conceptuais da Line 13 e ao vestuário técnico da Line 14. O desfecho (inevitável) é a Line 22, onde o mítico Tabi inaugura um território entre passado e futuro. Assim, o calendário museológico da Margiela renasce em forma digital, relembrando que, nesta Maison de anonimato e códigos secretos, cada número é uma porta para outra linguagem. maisonmargiela.com
Barbour x GANNI: quando o utilitário britânico ganha alma nórdica

Collab GANNI x Barbour / Foto: Divulgação
A quarta colaboração entre Barbour e GANNI já está ON! A cápsula que mistura herança campestre inglesa com o humor lúdico de Copenhague chegou com peças pensadas para enfrentar o inverno com estilo. A coleção PRÉ-SS26 traz novas silhuetas peplum, ecos da Re-Loved de 2024, além de modelos impermeáveis e respiráveis reinventados num leopardo olive escuro (um clássico GANNI) que retorna mais maduro e versátil. Há também casacos matelassados, tartans Royal Stewart inesperados, detalhes em vermelho que aquecem a paleta terrosa e a estreia das vestes duas-em-uma, que se transformam de curtas para longas ao sabor do clima e do humor. Fotografada por Lukas Wassmann, a campanha segue amigos da maison pela paisagem dinamarquesa, celebrando o friluftsliv: a alegria de estar ao ar livre, onde o vento dita o ritmo e a amizade faz o resto. Disponível online e em boutiques a partir desse mês, a colaboração honra o legado das duas maisons enquanto aponta, com leveza, para um novo futuro da moda outdoor. barbour.com
A romã encantada de Santa Maria Novella

Tabletes de cera da Santa Maria Novella / Foto: Divulgação
Para celebrar as festas, minha marca-fetiche de beleza Officina Profumo-Farmaceutica di Santa Maria Novella sublima um de seus ícones: Melograno, perfume que evoca os jardins persas onde a romã nasce antes de viajar rumo ao Mediterrâneo, símbolo de abundância, sorte e renovação. A coleção festiva reúne objetos perfumados que são quase talismãs, como os tabletes de cera moldados à mão com folhas de mirto e pimenta-rosa, perfeitos para perfumar gavetas e armários com uma frescura luxuriante. Já a vela espalha seu aroma especiado e oriental pelos cantos da casa, ecoando as nuances da célebre Eau de Cologne Melograno, eterna interpretação de um fruto que pode viver mais de cem anos. O savon au lait, pensado para peles sensíveis, deixa nas mãos um rastro delicado e sutilmente picante. Para coroar a temporada, um packaging em edição limitada, criado especialmente para o fim de ano, estará disponível até esse mês, com direito a personalização com calígrafo na boutique do 318 rue Saint-Honoré, nos dias 13, 14, 20 e 21 de dezembro. Um ritual perfumado que transforma a romã (e o gesto de presentear) em pura poesia. eu.smnovella.com
L’objet du désir – a escolha que faz oh là là!

Charlotte Chesnais / Foto: Divulgação
Designer da atemporalidade, Charlotte é a grande inventora dos earcuffs que se enrolam na orelha — depois dela, todos surfaram na mesma onda. A francesa cria peças que dançam entre o bijou e a escultura: linhas puras, curvas que abraçam o corpo, formas que parecem deslizar pela pele. Seu olhar nasceu na Balenciaga, ao lado de Nicolas Ghesquière, quando desenhou um bracelete de proporções ousadas, o primeiro capítulo de uma linguagem que seria só dela. Desde 2015, com sua marca independente, ela reinventa o clássico e transforma o acessório em objeto-conceito: disciplinado, sensual, dinâmico. Colaboradora de Christofle, A.P.C., Rabanne e Loro Piana, ela cria peças que vão além do ornamento: dialogam com o corpo e habitam o espaço como verdadeiras microesculturas. As peças dela sempre foram — e continuam sendo — meus objetos de desejo. charlottechesnais.com
O personagem extraordinaire do mês

Dr. João Carlos Geber Júnior / Foto: Divulgação
O personagem extraordinário deste mês foge aos padrões: não vem da moda, da arte ou do design, mas de um lugar onde a vida e a vulnerabilidade se encontram. Precisamos falar de profissionais que ultrapassam suas funções. O talentoso João Carlos Geber Júnior é um deles. Médico formado pela ESCS, com residência em Clínica Médica pelo HCFMUSP, integra os corpos clínicos do Einstein e do Sírio-Libanês, enquanto atua na UTI do Samaritano, em São Paulo, circulando com naturalidade por cenários de alta complexidade: da oncologia às doenças avançadas, da dor crônica ao acompanhamento de famílias. O que mais impressiona, porém, é a forma como esse jovem mineiro sustenta uma medicina centrada na pessoa, onde rigor científico encontra escuta sensível, e decisões compartilhadas caminham lado a lado com responsabilidade social. Muitos médicos esquecem que seu papel é duplo (o da cura e o da não cura) e que ambos exigem presença inteira. É justamente por unir competência técnica e humanidade que ele se torna extraordinaire: porque sabe falar de morte — esse tema que nunca encontra o momento certo — com coragem, clareza e delicadeza, desmistificando o indizível para quem enfrenta a perda de alguém amado. Seus textos de medicina narrativa confirmam esse dom raro: são verdadeiros bálsamos. Profissionais como ele transformam a palavra em cuidado e iluminam, com discrição e força, o caminho dos outros. cambridge.org

