Peixes – Foto: Arquivo Harper’s Bazaar

Por Diana Motta

Cada escola de astrologia tem algo em comum e cada escola tem a sua individualidade, como ensinamentos muito específicos. Uma das características mais singulares da astrologia cabalística é que temos em alguns anos dois meses de Peixes – pode soar estranho mas é o décimo terceiro mês. Então na cabala, estamos nesse décimo terceiro mês agora, o mês de Peixes 2.

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Muito se fala sobre esse número, o número treze é o número do azar, o número da má sorte. Em alguns prédios nem existe o andar treze, por exemplo, mas na cabala não poderia ser mais diferente. O número treze na cabala tem o valor numérico da palavra amor em hebraico, “ahava”. A palavra união, “ehad”, também é treze.

Na astrologia, o treze representa um acima do doze, que é um código para a superação dos obstáculos no nosso mapa astral. Uma pessoa pode estar tendo um trânsito astrológico difícil, com algum bloqueio em alguma área, e o treze representa a quebra dessa limitação. Esse é o poder do mês de Peixes que estamos agora.

O Talmud diz que, quando entra Peixes, grande alegria vem para o cosmos. Mas como assim? Os piscianos não são conhecidos por uma certa melancolia? Sim, mas cada força foi criada com uma polaridade oposta e é justamente por isso que há a melancolia nesse signo e, ao mesmo tempo, é considerado um mês de grande alegria.

Todos os anos, várias culturas do mundo que seguem o calendário cabalístico fazem a maior festa do ano, muito parecida com o Carnaval, que é chamada Purim. Não é à toa que Carnaval e Purim sempre caem na mesma época – é porque existe a energia de felicidade, alegria e celebração nessa época, que atrai esse tipo de evento.

Em Purim, assim como no Carnaval, usamos máscaras, festejamos, conectamos com alegria. Há danças, música, união, comidas, bebidas. A festa acontece sempre no dia da Lua Cheia desse ciclo, que é a culminação dessa força e caem nos dias 16 e 17 de março neste ano. A celebração é considerada uma abertura cósmica, por isso, não é sobre a festa em si, mas sobre se conectar com ápice da energia de Peixes – que ocorre na Lua Cheia, mas dura o mês todo.

Neste mês, é extremamente recomendado, em momentos que estamos nos sentido tristes e oprimidos, fazer alguma ação para estarmos felizes, pois temos a assistência do número treze e de Purim. Assim podemos também entender a essência do universo, que não se trata de estar à mercê das influências boas ou más, mas agir e escolher, de forma proativa, a polaridade positiva dela, neste caso a felicidade e a alegria.

Diana Motta (@dika_astral), além de artista visual, é também astróloga cabalística. Começou seu estudo no Kabbalah Center de Nova York, cidade onde morou durante quatro anos para fazer pós-graduação na NYU em design e tecnologia. De volta ao Brasil, continuou seus estudos por aqui, onde trabalhou como intérprete e tradutora de cursos e palestras, além de traduzir livros e publicações do Kabbalah Centre, assim como a tradução do livro sagrado da Kabbalah, o Zohar, que ela lê em aramaico e hebraico. Formou-se como astróloga pela escola internacional Academy of Kabbalistic Astrology. Hoje atua como profissional na área, com atendimento personalizado de mapas astrais e acompanhamento individual, que inclui, entre outras coisas, interpretação de sonhos. Tudo pela perspectiva cabalística. Resultado de 13 anos de dedicação e comprometimento com o estudo contínuo dessa sabedoria milenar.