
Por Lucas Rechia
Já faz alguns anos que acompanho o trabalho do fotógrafo português Fernando Guerra, reconhecido como um dos melhores fotógrafos de arquitetura do mundo. Conheci seu trabalho pelas imagens que ele fez da Fundação Iberê Camargo, no Rio Grande do Sul, obra do vencedor do prêmio Pritzker, Álvaro Siza.

Mas, além das obras internacionais, o que me chama a atenção é a proximidade que Guerra tem tido da arquitetura brasileira. Mesmo que sob lentes portuguesas, o fotógrafo tem capturado como poucos a brasilidade de nomes como Isay Weinfeld e Marcio Kogan.

Receber as imagens que uso neste post foi apaixonante. As fotos são como se Fernando nos emprestasse uma forma de ver o mundo. Ângulos que muitas vezes não somos capazes de ver através dos nossos próprios olhos.

O fotógrafo tem, como poucos, a capacidade de compreender a obra por meio das lentes da câmera, e enfatizar linhas e planos concebidos pelo próprio arquiteto.

Ao observar essas fotos, percebe-se que mais do que capturar monumentos estáticos, temos lapsos de momentos eternizados e impregnados de vida. No raio que o observador assiste cair da sacada do Fasano Boa Vista, ou no percorrer do homem até a escada caracol de Isay Weinfeld, Fernando captura em suas imagens a característica fundamental da arquitetura, abrigar o homem em suas mais diversas necessidades.


Leia mais:
Pousada Literária é o hotspot da Flip
Otavio Zarvos: empreendedor por trás da construtora Idea!Zarvos
Casa Cor reúne renomados e jovens arquitetos