
Em 2005, quando Bianca Laufer teve seu primeiro filho – ela é mãe de dois meninos -, abriu mão da bem-sucedida carreira no banco J.P. Morgan, em Nova York, e voltou para o Rio de Janeiro. “Não tinha a menor ideia do que era ter um filho. Achei que fosse conseguir conciliar o bebê e as demandas como economista com tranquilidade, mas não foi nada disso o que aconteceu. Decidi fazer uma pausa para acompanhar os primeiros anos deles e, nesse período, acabei me aprofundando nos estudos na área de alimentação pelo Institute of Integrative Nutrition”, conta.
O interesse pela nutrição, no entanto, surgiu ainda na adolescência, período em que enfrentou a anorexia. “Sempre me preocupei com o que comia, porque tinha medo de engordar, medo da comida; e a vontade de ter contato com nutricionistas vinha pelo desejo de entender melhor sobre alimentação”, revela.
Mas a ideia de transformar seus estudos em negócios surgiu só em 2014, depois de uma viagem de férias a Maui, no Havaí, de onde voltou encantada pelos sucos prensados a frio e decidida a empreender. Com a máquina que trouxe na mala, começou a experimentar receitas de sucos na cozinha de seu apartamento, no Leblon, e a fazer sucesso entre as amigas.
Passou a apresentar os produtos em pontos de venda e a ganhar cada vez mais clientes. “Vendíamos sucos com três dias de validade, entregando produtos refrigerados num país tropical. Foi um desafio enorme, mas a vontade de fazer algo em que eu realmente acreditava me fez insistir e manter a aposta nos sucos frescos, gostosos e saudáveis.”
Assim nasceu a Greenpeople, que conquistou outros sócios, entre eles Oskar Metsavaht e Luciano Huck, e produz atualmente 55 mil garrafas de suco ao dia. Há pouco mais de um ano, o marido de Bianca foi transferido para Nova York e é de lá que ela toca a marca de sucos e snacks saudáveis que não para de crescer.
“Hoje é mais fácil trabalhar remotamente e vou ao Brasil pelo menos uma vez por mês. A distância física, em alguns momentos, também acaba fortalecendo a empresa, que há dois anos passa por uma intensa fase de profissionalização.”
Fã de etiquetas brasileiras, como Andrea Marques, Cris Barros, Osklen e Isabela Capeto, Bianca costuma desfilar seus macacões, pantacourts e saias mídi por gôndolas e corredores de comida. Seu hobby, ela conta, é ir a supermercados.
A empresária só se desconecta do trabalho quando está se exercitando. Gosta de corrida, boxe e pilates, mas tem uma nova paixão: o remo, que começou a praticar em Nova York. Afinal, saúde é o que interessa, o resto não tem pressa. Lema de Bianca e um famoso bordão da televisão. Quem lembra?
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