Imagem inspirada na capa da Harper’s Bazaar de abril de 1965, com Jean Shrimpton. Foto de Richard Avedon e direção criativa de Bea Feitler – Foto: Ivan Erick, com direção criativa de Leticia Haag, styling de Bruno Uchoa e beleza de Dindi Hojah, com produtos Guerlain

Maisa Silva vive um momento de foco em si mesma. Viajando bastante, a apresentadora e atriz, que acaba de completar 21 anos (dia 22 deste mês), é a capa e recheio da Bazaar de maio (disponível nas bancas e, gratuitamente, no nosso app). “Brinco que virei um foguete desde o ano passado. Antes, as viagens eram muito pontuais. E quando dava para fazer, né? Porque, com televisão, série, filme, é muito difícil”, conta. Cavando espaço na agenda, tem buscado somar experiências enriquecedoras. “Essas viagens têm me feito muito bem, e eu acho que é um dos maiores motivos da minha felicidade agora”, resume.

Na entrevista ao podcast “Garotas da Capa” – uma produção original da Carta Editorial, que publica a revista Harper’s Bazaar no Brasil –, ela fala sobre a ideia de parecer mais madura. “Por não ter sido podada muito cedo – óbvio, meus pais colocaram limites –, mas as minhas ideias sempre foram muito livres e acabou passando essa impressão”, conta. Ela atribui este pensamento ao fato de, desde cedo, ter sido muito comunicativa. “Sempre tive contato com pessoas de idades diferentes. Acabou enriquecendo meu vocabulário, abrindo minha cabeça sobre várias questões e isso vem de casa, também. Meus pais nunca botaram limite nas minhas perguntas”, narra.

Desde que deixou o SBT em 2020, após 13 anos, tem buscado uma rotina mais leve. Mas isso não quer dizer menos trabalho. Montou – ao lado dos sócios Guilherme Oliveira (seu empresário) e Maiara Garbin – a agência Mudah, de marketing de influência, e segue como o rosto de algumas marcas (de tecnologia à automobilística). Acabou de protagonizar seu primeiro filme distante do público infanto-juvenil (“Desapega!”, ao lado de Gloria Pires), além de protagonizar a série “De Volta aos 15” (Netflix), cuja segunda temporada estreia no próximo dia 2 de julho. Entre os dias 16 e 18 de junho, os primos e primas do Brasil (como se chama seu fandom) poderão acompanhá-la na condução do Tudum, festival voltado aos fãs, organizado pela Netflix.

Maisa ainda tem disposição para badalar, curtir festivais e descobrir artistas novos. Como o recente Coachella, em Indio, na Califórnia. “É um exercício de Maisa curiosa mesmo. Adoro. Quando viajo, sempre pesquiso festinhas e festivais porque acho que a experiência de você sair do ambiente que vive é muito bom. Porque você se joga”, resume. Ela segue, dizendo que se joga mesmo porque não tem como perguntar para um amigo. “Festival é uma coisa cansativa, mas é muito legal. Este ano, acho que o próximo que quero ir é o Mita e o Primavera Sound. É o que consigo pensar de cabeça”, finaliza.

Jogo rápido

Cápsula do tempo: mensagem para a Maisa de dez anos atrás
“Você vai conhecer lugares que sempre sonhou, pessoas que sempre quis conhecer e, calma, tudo tem seu tempo. Você não precisa viver tudo com 11 anos de idade. Você tem tempo! E você não vai morar sozinha tão rápido e você não vai se mudar para Nova York com 18 anos, doida.”

Fun fact
Maisa fez um curso em Nova York quando tinha 16 anos. Com 18, seu plano era terminar a escola e começar a fazer faculdade lá, de Acting for Film. “Fui fazer o curso e descobri que sou muito apegada ao Brasil. Não sei se encararia quatro anos lá, não”.

O que faz para desopilar?
“Sou apaixonada por bingo, jogar truco e assistir jogo do Corinthians, que fico mais estressada do que qualquer outra coisa. Sair com os meus amigos, escutar música, brincar com Olívia e assistir séries e filmes.”

Coleciona alguma coisa?
“Maquiagem mais do que deveria, xícaras e bolsas. É um investimento não é nem uma coleção. Mas reduzi bastante esses danos da minha conta bancária ultimamente. Gasto com viagem e com deslocamento dos lugares. Adoro sair, pelo menos meu carro é elétrico, então não tem esse problema (com gasolina). Mas os deslocamentos da vida…”

Figurinha ou emoji
“Uma figurinha minha chorando e outra girando a roleta, com várias coisas feias, como palavrões e coisas indecentes (risos)”

Me faz chorar…
“Ver filmes e séries. Choro real. Acho que a história de amor vai acontecer comigo. Quando estou na TPM, choro muito fácil. Qualquer coisa me faz chorar ou quando tenho que explicar quando alguém me chateou. Não sei falar sem chorar (balbucia com voz de choro).”

Campeão do delivery
“Essa é uma piada (interna). Todo mundo aqui (ao redor) começou a rir. É uma salada. Sei que é ridículo falar, mas é uma salada vegetariana chamada ‘Hoje Eu Começo’. Sou viciada. Vou falar o que vem porque sei de cor: alface americana, ovo de codorna (hum), nugget vegetal, queijo, cenoura, cebola – às vezes peço para tirar –, molho com mostarda e mel (meu favorito) e um crocante roxo feito de maçã.”

Se não fosse famosa por 24h…
“Iria para a 25 de março comprar um monte de cacareco. Tudo o que eu achar de mais legal e facilite minha vida. Por exemplo: ventiladorzinho para botar na bunda do celular, borrifador para levar os meus cremes, piranha de cabelo, coisas coloridas. Nunca fui, apesar de já ter ido ao Mercadão, no centro de São Paulo.”

Destino desejo
“Japão, sem dúvidas. Nunca fui, é meu sonho conhecer.”

Contato mais famoso no WhatsApp
“Não sei se o WhatsApp dele mudou, mas é o Neymar. Teve uma hora que a gente trabalhava na mesma marca juntos e aí, quando fui dar boas-vindas para ele, meses depois eu saí da empresa. Então, nem consegui fazer um trabalho com. Mas acho que é o Neymar, o cara é muito famoso.”

Bilhete para ser aberto no último dia do ano
“(É uma coisa que me faz chorar, sabe? Tipo, Réveillon. Choro) Espero que vocês bronzeada e que tenha criado todas as memórias maravilhosas que você pode criar. Ah, e espero que você esteja fitness, também. Uma hora tem que vir (gargalha).”

Tem vontade de voltar para a música?
“É uma pergunta delicada… Acho que não (com ênfase). Acho que a música não me quer de volta. Quando eu faço esses ensaios ou capa de revista, eu falo: a gente poderia estar lançando meu álbum de pop, né? Mas eu não tô.”