Paolla Oliveira sobre o Carnaval: “A adrenalina é tanta que a questão passa a ser mais mental do que física”

Paolla Oliveira tem o Carnaval no sangue. Seja brilhando na avenida como Rainha de Bateria da Grande Rio ou curtindo a folia nas ruas, a atriz vive a festa com entrega e paixão. Este ano, além de desfilar na Marquês de Sapucaí, ela assume um novo papel: musa do Um Amor em Cada Porto, primeiro bloco de rua da Jean Paul Gaultier. “Foco e me concentro muito na energia maravilhosa que a festa exala e, claro, descanso quando posso, porque a maratona é intensa”, conta.

Em uma entrevista exclusiva, Paolla compartilha sua preparação, suas memórias mais marcantes e o que torna essa celebração tão especial.

Harper’s BAZAAR – Como está sendo sua preparação para encarar mais um Carnaval? Você tem algum ritual para dar conta da maratona de festas e desfiles?

Paolla Oliveira – O Carnaval é uma mistura de emoção e muita energia. Me cuido durante todo o ano por mim e também para este momento. Mas quando chega a época do Carnaval, a adrenalina é tanta que a questão passa a ser mais mental do que física, sabe? Foco e me concentro muito na energia maravilhosa que a festa exala e, claro, descanso quando posso, porque a maratona é intensa.

HB – Qual é a sua lembrança carnavalesca mais marcante?

PO – São tantas! Desde a minha primeira roupa feita de retalhos pela minha avó para uma matinê no primeiro Carnaval na Sapucaí pela Grande Rio, que virou uma paixão enorme e começou a nossa linda história juntos. Ver a escola campeã pela primeira vez… toda vez que vejo minha família me assistindo ali de pertinho, ver aquelas pessoas me chamando pelo nome e me devolvendo tanto carinho. Todas são marcantes!

HB – Depois de tantos anos desfilando e curtindo o Carnaval, ainda bate aquele frio na barriga antes de entrar na avenida ou no bloco?

PO – Com certeza! O Carnaval é uma paixão, e toda vez que entro na avenida ou estou no bloco, o frio na barriga não falta. A energia da rua, a troca com o público, a emoção de representar o que estamos ali para celebrar, tudo isso mexe comigo. É um frio na barriga bom, que me motiva.

HB – O Carnaval tem algum aroma específico para você?

PO – Tem aroma de alegria, de flores, um cheiro doce e suave. Eu amo aroma e perfumes, eles são marcantes para mim. E meu Carnaval vai ser assim, no ritmo da doce tentação de La Belle Flower Edition, de Jean Paul Gaultier.

HB – Como foi o convite para ser musa do bloco da Jean Paul Gaultier neste ano?

PO – Fiquei muito feliz e lisonjeada com o convite! Jean Paul Gaultier é um ícone da moda. É uma honra representar a marca nesse momento tão especial do Carnaval. Estive com eles em um lançamento, numa festa linda em Paris, e agora estou feliz e animada para viver essa experiência única neste projeto especial no Carnaval carioca!

HB – Como é fazer parte do primeiro bloco de rua da Jean Paul Gaultier?

PO – É maravilhoso! Achei a iniciativa incrível de criarem o bloco de rua. Dança, música e alegria são a cara da Jean Paul. Ainda mais sendo em um dos lugares mais charmosos do Rio. O conceito ousado de Gaultier é perfeito para o espírito do nosso bloco Um Amor em Cada Porto.

HB – O nome “Um Amor em Cada Porto” remete ao espírito livre da marca. Você aplica esse conceito de liberdade na sua vida?

PO – A liberdade é uma busca constante! E cada vez mais usufruo dela consciente da mulher que sou. É claro que o nome é sugestivo e divertido. Um Amor em Cada Porto é uma das formas de liberdade, de celebrar as diferentes formas de amor e experiências. Se amar em cada porto é uma liberdade também – amar meu corpo, minhas opiniões, minhas vontades, meus nãos. Meu espírito livre para curtir meu Carnaval como eu quiser, exalando o perfume de todas as flores.

HB – Como é para você viver o Carnaval tanto na avenida quanto nas ruas? Existe uma diferença na sua preparação para cada experiência?

PO – Sim, são duas experiências muito diferentes. Na avenida, tem todo o glamour do desfile, a grandiosidade da Sapucaí, as alegorias… O processo é mais voltado para o espetáculo e para o ritmo do samba, sem jamais deixar de lado a alegria. Já nas ruas, a vibe é mais espontânea… Cada um tem o seu charme, mas ambos são incríveis para vivenciar o Carnaval.

HB – Para essa celebração, você vai usar um corset da Jean Paul Gaultier – uma peça icônica da moda. Pode nos contar um pouco sobre o figurino e a escolha desse elemento?

PO – O corset por anos foi símbolo de repressão feminina e pressão estética de como deveríamos ser. Porém, hoje essa peça icônica de Jean Paul Gaultier merece ser ressignificada, simbolizando elegância e sensualidade. Eu escolho usá-lo porque quero, porque tenho a liberdade de me sentir bem e bonita à minha maneira.

HB – Os figurinos têm sido parte importante das suas aparições carnavalescas. Como eles te ajudam no momento de desfilar?

PO – Os figurinos têm uma importância enorme! Eles são como uma extensão de tudo o que se conta até o dia do desfile oficial. O look, além de me deixar bonita e estar adequado com o tema, tem que me deixar segura e com o mínimo de conforto. Fora que é divertido contar essa história em cada detalhe.

HB – O contato com o público nos blocos e na avenida muda a sua experiência no Carnaval? O que mais te emociona nesses momentos?

PO – Sim, com certeza! O contato com o público é o que mais me emociona. A troca de energia é única, as pessoas te olham com tanto carinho, com tanta admiração, é emocionante. No bloco, a proximidade é ainda maior, e eu me sinto ainda mais conectada com todos. Ver a alegria no rosto das pessoas e saber que estamos todos ali para celebrar juntos é o que torna o Carnaval ainda mais especial. Para mim, a magia do povo é o que realmente faz o Carnaval ser inesquecível.