
Por Patricia Carta
Neste mês da mulher, damos voz para as que partiram para a aventura que é empreender. Por meio do empreendedorismo, escrevem histórias de sucesso e entram de vez na rota de comando. É uma empreitada difícil, ainda mais em um País em que enfrentam dificuldades de todos os tipos: de preconceito e racismo, a machismo e questões de gêneros.
Lala Rudge é nossa capa por ser uma das primeiras influencers do País e por ter se tornado empresária de sucesso com sua marca de lingerie, La Rouge Belle. Além de também assinar um perfume só seu e uma linha de produtos de beleza. Dentro do mesmo segmento, falamos com Gwyneth Paltrow, que deixou de lado a carreira de atriz, pelo menos por enquanto, para empreender com a Goop, plataforma de beleza e bem estar, cujo valor já alcançou 250 milhões de dólares.

Também mostramos Gabriela Song, brasileira de alma coreana, herdeira que ajuda a tocar um outro grande negócio, mas da moda, no Bom Retiro. Ela defende com unhas e dentes a vocação do bairro em que viu a confecção de seus pais nascer e crescer, mas que nem sempre é bem aceita.
Carollina Lauriano, que aqui mostra sua casa e seu estilo, fez da arte sua bandeira de inclusão de mulheres que querem fazer e acontecer. Ela faz a curadoria de coletivas que expõem as obras – e suas autoras – para o mundo. Gal Costa, aos 75 anos, continua a criar e a empreender com seus 55 anos sua carreira. Ela fala de como é um dia em sua vida em tempos de pandemia.

Empreendedorismo afro está na seção “Em Foco”. Vale lembrar que as primeiras empreendedoras, pelo menos no Brasil, foram as quitandeiras (escravas recém-alforriadas) do período colonial, que se atreveram a romper alguns padrões de injustiças sociais e lutar contra as estruturas racistas e sexistas de um país em formação.

Por fim, escolhemos mulheres na linha de frente do protagonismo feminino. Nomes como Laura Magri, empreendedora do mercado do sexo de luxo. Solange Borges, que de faxineira se lançou à frente do projeto Comida de Terreiro. Flora Botelho, que só depois do nascimento da terceira filha, resolveu se dedicar ao empreendedorismo. Há quatro anos, ela ajudou a colocar de pé a plataforma de doação online BSocial. A designer de joias Thayná Trindade que, de olho na ancestralidade africana, encontrou inspiração para abrir a sua grife Uzuri. Karla Batista deu contornos à Azulerde com peças feitas de materiais descartados e inspiradas nas artes visuais.
Não à toa, apontamos para a macrotendência da cintura baixa que afirma o sexy como bandeira do corpo livre. Viva o mês da mulher!