
Coleção da designer Flávia Aranha durante o SPFW N60 – Foto: Divulgação
No Parque Trianon, em meio à vegetação que inspirou sua própria paleta, Flávia Aranha apresentou uma coleção que reafirma seu compromisso com a natureza e a moda consciente. As peças, de formas leves e em tons terrosos e esverdeados, pareciam nascer do solo, revelando um diálogo sensível entre corpo, matéria e floresta.
A beleza seguiu o mesmo espírito orgânico: maquiagem leve e cabelos com aparência úmida, como se os modelos tivessem acabado de emergir de um lago. Frescor que se misturava com os barulhos de uma floresta no meio do caos de São Paulo.
A coleção destacou também a pesquisa em biomateriais, explorando a união entre tecnologia e regeneração. Em parceria com o colombiano David Cabra, do laboratório Off Matter, a designer utilizou biotêxteis de algas e algodão, tingidos com pigmentos naturais como índigo, argilas, urucum, madeira clara e cúrcuma. Outra colaboração, com a marca paraense Da Tribu, trouxe capas de chuva em seda com aplicação de látex amazônico, desenvolvidas em parceria com famílias ribeirinhas da Ilha de Cotijuba (PA).
O desfile? Um manifesto sobre o vestir como gesto de vida, em que tecido, corpo e natureza coexistem em um mesmo ciclo regenerativo e poético – com atenção e clareza para o futuro.
Veja mais detalhes:
Ver essa foto no Instagram