Após 10 anos, Mango retorna o Brasil

Foto: Divulgação

Com uma alfaiataria atemporal e um estilo clássico, a Mango une o estilo casual europeu às facilidades da indústria fast fashion. Quem fez uma viagem internacional recentemente pode ter percebido a grande força da marca no exterior ao cruzar com diversas lojas físicas em solo europeu. Com mais de 2.600 lojas em 115 países, a label retorna ao Brasil, dez anos após o fechamento de suas lojas no País.

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A Dafiti é a responsável pela volta da Mango, incluindo a marca com exclusividade ao seu portfólio. Com um ticket médio entre R$ 280 e R$ 300, ela integrará a seleção premium da fashion tech, ao lado de nomes como Calvin Klein e Polo Ralph Lauren.

Após 10 anos, Mango retorna o Brasil

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“Uma parte fundamental da nossa estratégia é ter um sortimento exclusivo. O Brasil é o maior mercado inexplorado por marcas globais e há uma grande demanda por essas marcas, porque não há nada parecido em termos de produto no mercado. A Dafiti é uma fashion tech democrática. Nosso perfil de cliente é muito amplo e tentamos garantir que eles possam encontrar qualquer estilo, marca ou tendência que desejem a um preço adequado em nossa plataforma”, explica Melanie Smallwood, Diretora de Marcas e Parcerias da GFG, sobre a decisão de aquisição dos direitos da Mango.

Patricia Schneid, Gerente de Estilo no Dafiti Group, acredita que a marca conversa com o lifestyle jovem e contemporâneo da cliente da plataforma. “[A Mango] trabalha com peças com comprimentos mais alongados, não tão justas, que trazem um certo conforto. A mulher brasileira é sensual e a marca traz essa sensualidade com muita leveza, seja em um decote um pouco mais profundo, numa peça que mostre um pouco mais de pele. A mulher brasileira é muito romântica, então produtos com estampas florais, babados e volumes têm uma boa performance e a Mango trabalha isso”, lista entre as características que prometem conquistar o público nacional.

Após 10 anos, Mango retorna o Brasil

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Criada em Barcelona (Espanha), em 1984, a marca se posiciona no mercado por suas coleções atemporais e com uma pegada moderna e urbana. A partir do dia 13 de março, as peças da Mango ficam disponíveis na Dafiti, plataforma fundada em 2011 e com atuação no Brasil, Argentina, Chile e Colômbia.

Patricia explica que estudos de tendências e viagens de pesquisas ajudaram seu time a configurar quais tendências focar na plataforma e que, enquanto estava em Milão, reportando os destaques da moda italiana, dividia com a equipe de aquisição o que se destacava da marca por lá, tendo como retorno que as peças já integrariam a seleção da plataforma.

Após 10 anos, Mango retorna o Brasil

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“Com a coleção da Mango, vamos conseguir entregar duas grandes tendências: uma que chamamos internamente de ‘simplicidade renovada’, que é  um movimento pós-pandêmico, em que as mulheres estão voltando a se arrumar, mas não abrem mão do conforto; a outra é o boho, o vintage, que funciona muito bem no Brasil”, explica.

A decisão de incluir a Mango no catálogo de nomes premium está relacionada à faixa de preço da marca e à qualidade das peças. Melanie explica que as taxas de importação no Brasil são altas, por isso, as estratégias de precificação são muito importantes e uma análise profunda de viabilidade para trazer a marca foi fundamental. Como é feito com outras marcas disponíveis na plataforma, as peças da Mango foram adquiridas pela Dafiti e já estão no estoque da fashion tech, por isso, seu tempo médio de entrega coincide com a de outros nomes – nacionais e internacionais – disponíveis no site.

Após 10 anos, Mango retorna o Brasil

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“Durante muito tempo, a Dafiti comprava e vendia as coleções das marcas. Hoje, construímos uma grande coleção da plataforma composta com muitas marcas, mas com a nossa identidade e olhando para o cliente brasileiro. São duas coleções por ano, uma de verão e outra de inverno, com duas entradas, geralmente uma coleção de transição seguida por outra de alto-verão ou alto-inverno”, conta Patricia sobre a seleção de produtos. Em um primeiro momento, apenas a linha feminina desembarca no Brasil mas, com a análise da resposta do público brasileiro, Melanie não descarta a possibilidade de importação das frentes masculina e infantil.

Em um momento em que o modelo de fast fashion é muito questionado e pressionado pelo público que, ao mesmo tempo, não deixa de consumi-lo, a Dafiti afirma que analisa uma série de critérios antes de acrescentar uma marca ao seu portfólio – e o mesmo foi feito com a Mango.

Após 10 anos, Mango retorna o Brasil

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“A Dafiti é parte do grupo GFG e temos um trabalho de sustentabilidade que é global. Existe todo um cuidado com o parceiro que vamos trazer, de entender onde e como ele produz. Existe uma mudança muito grande de comportamento, o cliente se preocupa mais com o impacto das ações e também olhamos para isso. O GFG faz um trabalho de acompanhamento dessas marcas para termos o cuidado de trazermos parceiros sérios, que passaram por sérios critérios de seleção. Mas a fast fashion ainda é muito buscada por nosso cliente e não podemos ignorar isso. O consumidor brasileiro é muito vaidoso, querem consumir e ter acesso”, finaliza Patricia.