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Um acessório que já foi sinônimo absoluto de formalidade e do guarda-roupa masculino, a gravata agora assume um novo status: o de peça de desejo no street style feminino. Durante a temporada em Nova York, não foi difícil notar o movimento: as ruas foram tomadas por fashionistas que transformaram a gravata em elemento-chave de produções que vão do despretensioso ao sofisticado.

Se antes a presença do acessório em looks femininos era pontual e tratada como tendência passageira, hoje a narrativa é outra. A gravata aparece em diferentes leituras, desconstruída e versátil, revelando sua força como recurso de styling. Em versões mais clássicas, combinações com camisas brancas e alfaiataria criam um efeito elegante e poderoso. Já em propostas mais casuais, ela surge com jeans, regatas ou até mesmo sobre vestidos, ganhando ares irreverentes e cool.

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A popularização desse acessório também dialoga com um momento cultural: a moda resgata símbolos de poder tradicionalmente masculinos e os reinscreve em uma chave feminina, revelando novas formas de expressão. Não se trata apenas de estética, mas de uma mudança de códigos, em que peças antes restritas a um gênero passam a circular livremente nos dois universos.

Mais do que um revival, a gravata vem se consolidando como um gesto de estilo e identidade. Incorporá-la ao dia a dia não exige formalidade: o segredo está em encontrar uma forma que converse com o próprio guarda-roupa e estilo pessoal, seja apostando no minimalismo refinado ou no excesso criativo.

Nesta temporada, ao que tudo indica, a gravata deixa de ser detalhe para se tornar protagonista — um acessório que atravessa estéticas e gerações, e que prova, mais uma vez, a capacidade da moda de reinventar símbolos e ressignificar sua própria história.