
Um sofisticado jogo de triângulos dá forma à coleção da Bvlgari, que une pedras como água- marinha, turmalina rosa, rubelita, ametista e diamante – Foto: Divulgação
QUASE seis décadas se passaram desde que Federico Fellini filmou, em preto e branco, uma loira estonteante passeando nas águas da Fontana Di Trevi, na cena icônica de A Doce Vida e do próprio cinema italiano. Mas a mitificação do feminino exuberante, personificado por Anita Ekberg, no filme de 1960, está mais atual do que nunca e inspirou a Bvlgari na criação da coleção Diva’s Dream, que desembarca este mês no Brasil. Além de evocar o glamour da era de ouro do cinema italiano, a marca foi buscar no passado outra referência poderosa: a estética do tempo dos Césares, quando Roma era o centro do mundo ocidental.
O resultado é endereçado às deusas modernas ao traduzir o poder da feminilidade em formas, materiais e cores. De olho na mulher que exerce seu protagonismo, a joalheria romana criou peças que podem ser usadas de manhã à noite – afinal, não há horário para divar. Dos Banhos de Diocleciano, um dos pontos de referência da nobreza na Roma Antiga, a Bvlgari captou as formas do pavão, animal que representa a vaidade, a beleza e a grandiosidade. Enquanto das Termas de Caracalla vieram os mosaicos em forma de leque.Combinando formas retas e curvas em triângulos lindamente imperfeitos, designers e artesãos da marca geraram novos desenhos, em um jogo sedutor de vazados.
As cores vistas nas pedras naturais utilizadas nas termas – cinza, amarelo, verde e púrpura, vindas das mais diferentes partes do Mediterrâneo, como Egito, Carystus, Numídia e Esparta – deram origem ao menu de gemas que dá exuberância e sentimento de otimismo à coleção.Além do brilho eterno dos diamantes, há a pureza sedutora da água-marinha, a intensidade explosiva da turmalina rosa, a sensualidade da rubelita e o equilíbrio da ametista. A ideia foi traduzir nas pedras as diferentes atitudes e os humores femininos, sobre bases de ouro amarelo, rosé e branco.
Quartzo com tonalidades intensas do laranja ao vermelho, a cornalina está em sintonia com a energia da terra, e por isso é símbolo de fertilidade, segundo especialistas. E, de quebra, ajuda quem a usa a sentir-se confortável em qualquer ambiente, aumenta a motivação e atrai sucesso na carreira e na vida pessoal. O lápis-lazúli, pedra preferida de Cleópatra – a rainha que abalou a Roma de Júlio César –, tem fama de alinhar corpo, mente e espírito para ampliar a força do pensamento. Já à turmalina rosa é creditado o poder de impulsionar a criatividade e equilibrar emoções. Sofisticação e superpoderes resgatados do passado para satisfazer os desejos das divas contemporâneas