Bastidor do desfile da Casa Paganini – Foto: Tom Barreto

Na terceira noite da Casa de Criadores, o frio que tomava conta da capital paulistana logo foi aquecido pela potência criativa dos designers que passaram pela passarela. A começar com a Casa Paganini, marca estreante de Guilherme Paganini, que, após anos trabalhando como modelo e criando peças street, mergulhou na alfaiataria. Paganini evocou o afeto familiar em sua coleção — o destaque vai para um casaco feito à mão por sua mãe, que levou quatro meses para ser confeccionado.

Como são seus sonhos? A Dellum apresentou, na sequência, três atos para revelar como Bruno Dellum, estilista da marca, sonha. Com visuais destroyed e muitos metais, ele mostra que seus sonhos são como sua moda: intensos. É selva! A Sukebanwear fechou o primeiro bloco de desfiles com as feras soltas na passarela, trazendo muito animal print e peles — tanto com pelos quanto com pele à mostra.

Inspirado no filme Clímax, de Gaspar Noé, Vittor Sinistra fez seus monstrinhos de pelúcia — já característicos da marca — ganharem vida. Só que agora, o metalizado e o jeans se somam ao moletom e a tecidos mais fofos. Em um mix de técnicas, a Plataforma Açu brincou com modelagens e materiais para homenagear o reino fungi e as formas de interação entre os seres da natureza.Encerrando a noite, o Estúdio Traça apresentou seu já clássico jeans, mas desta vez trouxe também sarja e tecidos sintéticos, em uma leve fuga do que costuma mostrar.