O segundo dia da Casa de Criadores foi de contrastes e rotações. A Shitsurei abriu os trabalhos com uma leitura do movimento Space Age dos anos 60. A designer Marcela trouxe também referências orientais, como forma de protesto contra o preconceito com pessoas amarelas — uma coleção que cruza moda e posicionamento.

Quem também orbitou pelo Space Age foi Érico Valença. Inspirado nos avós, reformulou o visual da família com uma lente futurista. As peças em couro de sarja resinada, técnica desenvolvida por ele mesmo, são o ponto de aterrissagem.

Cynthia Mariah trocou o clima espacial por um picadeiro: modelos vestindo fantasias de palhaço deram o tom da coleção. As listras se destacam e guiam o olhar.

E se o Jardim do Éden tivesse virado rave? Marcio, do Marlô Studio, propôs essa colisão entre paraíso, apocalipse e festa. Alfaiataria se mistura a peças prontas pra atravessar a madrugada.

Guilherme Dutra, vencedor do Desafio Sou de Algodão, desfilou “Poupée”, uma homenagem à avó. Inspirado em bonecas francesas, criou volumes e silhuetas que costuram memória e imaginação.

Encerrando a noite, a Visén apresentou “Visceral” — uma coleção feita a partir de um ensaio criado com inteligência artificial. Grafites e xadrez marcam as peças, em um olhar distópico sobre o caos urbano.

Na galeria, você vê nossos looks favoritos de cada marca.