O cenário: um ferro velho no bairro da Móoca, em São Paulo.
A inspiração: Salvador e rock´n´roll. O resultado: no verão da Cavalera vale ser esportivo, roqueiro ou devoto de Iemanjá, desde que gostem de babados, patchworks e sobreposições.
Camadas e mais camadas de tecido, em tops e vestidinhos soltos usados com bermudas ciclista, coroa de flores e botas pesadas. Entendeu o mix de universos?
A barra mullet – disfarçada de cauda de babados -, as parkas – tingidas de florais ou azulejos portugueses – e as transparências, tendências da estação, estão todas lá.
Com pegada ultra street, claro. A junção de materiais como musseline, linho e sarja resinada, além de texturas inusitadas, como a anarruga de tule e arabescos de fios pretos aplicados sobre o mesmo tule, são pequenos segredos da coleção a serem observados com lupa.
Modelagens amplas, em peças complexas, que nos fazem pensar se realmente chegam às lojas. Tomara que sim.
O melhor look: o vestido assimétrico em patchwork de materiais e recortes esportivos, de cores fluo, usado cobre ciclista dourada e desfilado por Alicia Kuczman – a moça anda ganhando os melhores looks da temporada, repararam?
O acessório: as bolsinhas rígidas quadradas e retangulares, em formato de mini baú deram toque retrô à coleção de clima Mad Max.
O manifesto: um punhado de estilistas, como Alexandre Herchcovitch, Reinaldo Lourenço, Fause Haten e Lino Villaventura, entre outros, mandaram recado à presidenta Dilma com camisetas onde se lia: “precisamos falar com você”.