Pela primeira vez, as camisetas femininas não levam as estrelas da seleção masculino – Foto: Reprodução/Instagram/@maga.thais

A desigualdade entre o esporte masculino e feminino ainda é gritante e vários fatos sobre a Copa do Mundo trazem isso à tona. Neste ano, por exemplo, as mulheres receberão US$ 330 milhões a menos do que os homens levaram para casa com o torneio em 2022. Os uniformes da seleção feminina ajudam a contar essa história de resistência.

Em 2019, quando Marta se tornou a maior artilheira da história das Copas, ela comemorou mostrando sua chuteira de sua marca e iniciativa intitulada Go Equal, que impulsiona o espaço das mulheres no esporte. Na edição deste ano, sua última Copa do Mundo antes de se aposentar, ela também entra em campo usando a chuteira, sem exibir nenhum patrocinador. A atleta recusou todas as propostas de marcas de material esportivo por considerar os valores injustos.

Os shorts agora têm uma camada extrafina antivazamentos menstruais – Foto: Reprodução/Instagram/@maga.thais

As manifestações em defesa do futebol feminino se estendem às camisetas. Pela primeira vez em uma Copa, o uniforme feminino não leva as cinco estrelas que ficam acima do escudo da CBF nas roupas masculinas. A intenção é focar na busca pela conquista das mulheres. Em paralelo, nas redes sociais, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) lançou a hashtag “#PelaPrimeiraEstrela” para reforçar o movimento. 

Foto: Reprodução/Instagram/@maga.thais

Algumas mudanças também foram feitas para adaptar o uniforme feminino ao corpo de mulheres cisgênero. Após feedback das jogadoras, os calções agora são acompanhados de um short avulso, chamado “Nike One Leak Protection: Period”, para ser usado por baixo da roupa, que leva um revestimento absorvente que protege contra vazamentos menstruais.

Além dessas alterações, toda a coleção de uniformes homenageia a Floresta Amazônica, com estampas inspiradas nas folhas do Buriti, do Jaci e da Jarina, folhagens tropicais típicas.