Day Molina cria vestido em homenagem ao MET Gala

Em homenagem ao Met Gala, que acontece na segunda-feira (02.05), o E! Entertainment apresenta um vestido criado por nossa colunista Day Molina, estilista de origem indígena. A criação simboliza uma América parida por uma mulher originária e retrata a riqueza e a diversidade da nossa região.

Com exclusividade para a Bazaar, ela fala do processo criativo e muito mais. Leia na íntegra:

Como foi o processo criativo do vestido?

Intensamente corrido! rs Fui convidada em meio a uma agenda de muitos outros compromissos e entregas apertadas. Eu e Gabi (minha assistente) trabalhamos intensamente. O processo criativo foi incrível, a gente mergulhou e fez acontecer mesmo com pouco tempo de produção.

O que te inspirou na hora de desenhar o vestido?

O vestido foi inspirado na América Latina. A ideia era criar algo que remetesse a diversidade, a fluidez da natureza feminina, a força ancestral que nos guia. Olhei para esse lugar de pertencimento e origem. Pensei em um mapa da América Latina (chamada Abya Yala na língua indígena do povo Kuna). E dentro desse mapa, um útero bordado com muitas texturas e intervenções. Um parir desse continente originalmente indígena.

De que materiais ele é feito?

Um mix de têxteis que representam diferentes nuances, tons e texturas. Usamos um pouco de malha, linho, fibras orgânicas, recicladas e fios de lã natural para as franjas. O apelo era ser sustentável em todo processo. Por esse motivo também pensamos nessa mistura de possibilidades que está conectada ao conceito.

Como foi sua experiência de se envolver em um projeto tão importante?

Muito especial. Estive cercada por uma equipe incrível no set. Super profissionais mesmo! Todos cuidadosos, atenciosos e em sintonia. Isso me proporcionou uma experiência linda desde o convite até a execução da produção. Foi lindo e marcante. Cada detalhe pensado e dirigido em equipe fez toda a diferença no resultado do fashion filme apresentado. Feliz e grata com toda entrega. E viver isso ao lado de Zahy Guajajara e Gabi Lecoña (duas mulheres indígenas na produção) me fez ainda mais feliz e completa.