Foto: Getty Images

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Por Luigi Torre

Quando Raf Simons decidiu deixar a Dior, em outubro de 2015, a coleção de verão 2016 de alta-costura já estava em fase de desenvolvimento. Assim, o que vimos hoje na passarela é uma especie de continuação de ideias. Estamos falando das novas propostas mais femininas e sensuais até da famosa alfaiataria da maison, nas referências dos trajes do século 18 e 19 e numa certa obsessão por repensar formas e proporções sobre o corpo da mulher. Aqui elas aparecem algo fora do lugar, como as alças deslocados para o lado ou os decote ombro a ombro, que dão impressão de um quase despir.

São propostas que fazem sentido tanto para a história da Dior, quanto para a visão que Raf tinha sobre ela. No comando interino, enquanto a marca decide se contrata um novo nome ou promove algum interno (como tem sido recorrente em outras casas de luxo), estão Serge Ruffieux e Luicen Meier, ambos já há alguns anos trabalhando nos bastidores da maison. Resta agora saber qual caminho os executivos da LVMH irão tomar. Afinal, ter voz própria – e em alto e bom tom – é essencial neste mercado.