Carta da diretora de redação Maria Prata
Mal posso acreditar que, daquela capa amarela com Gisele vibrando em preto e branco, já se passou um ano. Naquela época, ainda buscávamos uma identidade brasileira para a primeira revista de moda da América. Qual seria a cara da “BZBR” (como somos intimamente chamados pela Hearst, editora internacional da revista)?
Miramos em muitos pontos. Acertamos em cheio em alguns deles. Mas, o que mais me surpreende, é o fato de sermos reconhecidos por qualidades que não planejamos, mas que foram, naturalmente, tomando conta de nossas páginas. “Gosto da Bazaar porque e la é calma”, me dizem algumas leitoras. “É uma revista de moda, mas não é afetada”, ouvi outras vezes.
Hoje, olhando nossas 12 edições, não poderia concordar – e comemorar – mais com essas percepções. Bazaar não é vítima da moda. O slogan “Thinking Fashion”, que estampa muitas edições internacionais da revista, dá o recado. E isso nada tem a ver com invencionices de uma moda intelectualizada, inacessível, chata. Tem a ver com não nos levarmos tão a sério, em sermos fiéis a um estilo e entrar fundo nele – podendo trocá-lo quando acharmos de bom tom.
Bazaar Brasil sabe rir de si mesma. E não há dupla melhor para traduzir este espírito do que Gisele Bündchen e Terry Richardson. A top e o top voltam à nossa capa, em versão festa – com direito a cupcakes, balões, dancinha e um texto de Glenda Bailey, diretora de redação da Bazaar americana.
A revista chega às bancas na próxima sexta-feira (26.10) e está imperdível!