
Por Vívian Sotocorno
Faça o teste: pergunte a qualquer mulher qual a peça mais democrática de seu closet. Em versões que vão da hiperclássica à super casual, a camisa é unanimidade. Seja de seda e com bolsos utilitários, como os modelos hypados pela Equipment, com todos os botões fechados, à la “geek-caretinha”, ou ainda estampadas de flores e desenhos caleidoscópicos, a peça ganha ainda mais força com o moods effortles chic das francesas, que ronda a moda.
As parisienses personificam a elegância descomplicada e têm na camisa uma de suas peças-chave. Aqui, Tissy Brauen, conta para Bazaar por que nunca falta espaço para mais uma camisa no guarda-roupa.

“Tenho quatro partes do guarda-roupa dedicadas às camisas: uma para as brancas e azuis Oxford, outra para as listradas, a terceira para as mais modernas, como os modelos estampados, e uma última para as peças que pertenceram ao meu avô”, conta Tissy Brauen, editora de fotografia da nossa revista, sempre elegante a bordo de modelos clássicos.
A mania é herança de família: Tissy usa até hoje algumas camisas de seu pai e de seu avô feitas pelo lendário camiseiro Alfredo, que ficava na rua Sete de Abril, centro de São Paulo. Nas mãos da Alfaiataria Rocha, Tissy gravou suas iniciais nos bolsos e punhos – duplos, para serem usados com abotoaduras – de suas camisas. “Nunca saio de casa com uma peça que não esteja perfeitamente engomada”, decreta.
Uma camisa de seda que pertenceu a seu avô é a mais especial que Tissy tem no armário. Ela já passou por três ajustes: para vestir sua avó, sua mãe e, agora, ela. “Camisas não saem de moda e funcionam com qualquer look. Na praia, ficam elegantes com biquíni. Em um almoço informal, uso com uma calça de linho branco. Um dia frio combina com uma camisa branca; um dia quente, com uma peça estampada.” No dia a dia, Tissy usa com jeans e mocassins. Para completar o look, pérolas ou carrés de seda no pescoço.