Foto: Reprodução/Instagram @kimkardashian


Kim Kardashian tem um talento singular para transformar moda em narrativa e seu mais recente enredo é uma verdadeira arqueologia do luxo. Se antes seu guarda-roupa refletia tendências recém-saídas das passarelas, hoje ele funciona como um museu vivo de peças raras. Como esquecer quando ela parou a internet ao usar o traje feito especialmente para Marilyn Monroe cantar parabéns a John Kennedy? A empresária e ícone pop vem consolidando uma obsessão por looks de arquivo, revisitados com o mesmo rigor de um colecionador de arte.

Em Paris, Nova York ou Los Angeles, Kim desfila criações que já fizeram história: o raríssimo body de oncinha de Azzedine Alaïa dos anos 1990, avaliado em cerca de 10 mil dólares; o “Oyster Dress” de Alexander McQueen, da coleção primavera/verão 2003; o vestido de Tom Ford para Gucci, um dos itens mais disputados entre colecionadores; e o icônico vestido de Gianni Versace de 1996, eternizado por Naomi Campbell nas passarelas.

A lista cresce a cada aparição — e o capítulo mais recente veio em sua festa de 45 anos, em Paris. Kim surgiu com um vestido vintage Givenchy assinado por Alexander McQueen para a coleção de alta-costura de 1997. A peça, usada originalmente por Naomi Campbell, combina um corset dourado esculpido e uma saia branca drapeada, em referência às deusas gregas. O look resume seu novo paradigma: mais do que usar o passado, ela o reencena.