
Foto: Reprodução/Instagram @paulcostelloeofficial
O segundo dia da LFW trouxe variedade quando falamos sobre estilos e inspirações, reunindo desde desfiles que revisitavam o charme dos anos 60 até propostas futuristas e lúdicas que transformaram a passarela em um laboratório de moda.
Entre nomes consagrados e jovens talentos, confira todos os detalhes!
PAUL COSTELLOE
Intitulada Boulevard of Dreams, a coleção de primavera/verão 2026 de Paul Costelloe foi inspirada em Sharon Tate, trazendo o visual leve e divertido dos anos 60 através de tons delicados, mas sem abrir mão da alfaiataria poderosa e das formas marcantes que já são marca registrada de Paul. A trilha, escolhida por sua filha Jessica, deixou o desfile ainda mais envolvente: começou com Nancy Sinatra em “Sugar Town”, passou por Roy Orbison em “Oh, Pretty Woman” e me fez cantar alto junto com “Daydream Believer”, dos The Monkees.
OSCAR OUYANG
Oscar Ouyang fez sua estreia solo na London Fashion Week como parte do programa NEWGEN do BFC, apresentando a coleção de Verão 2026 intitulada Don’t Shoot the Messenger. A proposta para a temporada explora o contraste entre fluidez e rigor, evocando aves mensageiras como corujas, águias e pombas, enquanto questiona o impacto e as rupturas que surgem quando a mensagem não chega ao destino.

Foto: Reprodução/Instagram @oscarouyang.official
Mithridate
Com Edge of Seventeen, o Diretor Criativo Daniel Fletcher levou para o Verão 2026 um mix inusitado entre a tradição esportiva britânica e o espírito ousado das noites urbanas dos anos 80. O resultado foi uma colisão divertida de estilos: camisas de rúgbi dividindo espaço com peças de alfaiataria, lantejoulas encontrando listras e tricôs pesados sobre tecidos delicados. A cartela passeia entre verde corrida, marrom chocolate, azul suave e lavanda, enquanto brasões, vestidos estruturados e acessórios chamativos transportam a coleção das paisagens campestres para a energia vibrante da cidade.

Foto: Reprodução/Instagram @mithridate.official
Bora Aksu
Para o Verão 2026, Bora Aksu trocou a tradicional passarela iluminada por LEDs por um corredor cercado de roseiras, já sinalizando que a apresentação seria diferente. Inspirado em bonecas de porcelana quebradas de seu próprio acervo, o estilista levou à cena modelos com estética de “bonecas rachadas”, em looks que misturavam toucas, meias arlequim e rendas, num contraste entre inocência e melancolia. Para ele, as imperfeições carregam memórias de amor, tempo e resistência — e foi dessa ideia que nasceu uma coleção que transforma fragilidade em símbolo de força e beleza.

Foto: Reprodução/Instagram @bora_aksu
KEBURIA
KEBURIA voltou à London Fashion Week com uma coleção de Verão 2026 que mistura passado, presente e futuro em um verdadeiro exercício de narrativa fashion. Inspirando-se em heroínas vitorianas, figuras militares e avatares digitais, o estilista criou um guarda-roupa para viajantes do tempo, onde alfaiataria clássica se encontra com referências sci-fi e jogos eletrônicos. As peças transitam entre volumes dramáticos e toques irreverentes, como mangas bufantes, microshorts e polos estampadas, enquanto tecidos delicados, como organza e renda, contrastam com o peso do denim e do couro envernizado. O resultado é uma coleção que transforma fragilidade em ousadia e celebra a beleza das contradições.

Foto: Reprodução/Instagram @georgekeburia
FASHION EAST
Comemorando 25 anos como incubadora das novas vozes da moda, a programação trouxe de tudo: Mayhew apostou em alfaiataria desconstruída com pinceladas artísticas e acessórios táteis; Jacek Gleba brincou com silhuetas esculturais e lúdicas; e Nuba mesclou influências africanas e londrinas, destacando peças como uma jaqueta oversized de efeito pluma sobre calças transparentes creme. Mais uma vez, o Fashion East provou que é aqui que o futuro da moda começa.
MARK FAST
O designer mostrou como a moda pode ser ao mesmo tempo prática, cheia de estilo e carregada de emoção. Inspirado em longas caminhadas por praias selvagens e nos objetos trazidos pela maré, Fast transformou a resistência do vidro do mar e a beleza crua do denim desbotado pelo sal em peças escultóricas e cheias de personalidade. Do boho descontraído às peças em tricô e aos looks elegantes e sofisticados, cada produção tinha atitude própria.

Foto: Getty Images
CHOPOVA LOWENA
Emma Chopova e Laura Lowena-Irons, da Chopova Lowena, deram o tom da Primavera/Verão 2026 na London Fashion Week com Cheerlore, transformando a passarela em uma experiência completa. Personagens fofinhos recepcionavam os convidados, distribuindo petiscos e conduzindo-os a assentos improvisados feitos de cadeiras de escritório, luvas de beisebol e outros objetos inusitados, enquanto músicas punk cheias de energia caótica embalavam os primeiros looks, típicos da marca. A temporada ainda ganhou uma parceria divertida com a Chilly’s, trazendo garrafas de metal, mosquetões e potes de comida estampados com os símbolos da coleção, provando mais uma vez o talento da dupla para unir irreverência e moda.

Foto: Getty Images
NATASHA ZINKO
A coleção de Natasha Zinko trouxe uma passarela totalmente livre e irreverente, aberta por Tommy Cash em jaqueta de cobra rasgada, couro e botas, caminhando de forma desajeitada como se estivesse bêbado — um toque perfeito para o clima da marca. Inspirada nesse estado de desordem divertida, a coleção mostrou modelos com copos nas mãos, cabelos bagunçados e peças propositalmente mal ajustadas, meias diferentes e camisetas fora do lugar, transformando imperfeição em estilo. Vestidos sobrepostos, listrados com decotes assimétricos e mangas que não cumpriam sua função, junto com detalhes inusitados como pontas de cigarro em tiaras, cintos e estampas, deram à coleção uma aura caótica e cheia de personalidade. O desfile parecia celebrar aquele sábado à noite libertador, traduzindo em roupa aquelas experiências engraçadas, confusas e inesquecíveis que todos já vivemos.
LABRUM LONDON
Na segunda noite da London Fashion Week, a LABRUM brilhou no Central Hall Westminster com sua coleção SS26, apresentada pelo diretor criativo Foday Dumbuya sob o tema OSMOSIS. O desfile foi embalado por uma trilha sonora inspirada na África Ocidental e na diáspora global, criando uma atmosfera de harmonia e conexão que transpareceu em cada look.

Foto: Reprodução/Instagram @adidasuk