Sabrina Sato - Foto: Reprodução

Sabrina Sato – Foto: Reprodução

Por Luigi Torre

Reset. Reboot. Restart. No momento em que a primeira modelo pisou na passarela em Paris, naquele 5 de março, era evidente que a Louis Vuitton não seria mais a mesma. Ainda assim, continuaria como sempre a conhecemos. É algo fora do tempo, ainda que paradoxalmente. Passado, presente e futuro numa coisa só. O feito não é fácil apresentar o novo, com gosto de familiar.

Fernanda Motta - Foto: Reprodução

Fernanda Motta – Foto: Reprodução

Nicolas Ghesquière não é exatamente conhecido por ser um estilista com abordagens das mais tradicionais. Após mais de 15 anos na direção criativa da Balenciaga, elevou a marca à máxima vanguarda da moda, com coleções de conceitos cerebrais e técnicas completamente inovadoras. No novo posto, que ocupa desde novembro de 2013, o processo é um pouco diferente, mas não menos brilhante.

Mariana Weickert - Foto: Reprodução

Mariana Weickert – Foto: Reprodução

Sua silhueta é feminina, fresca, com recortes e desenhos angulares e gráficos, e sempre usável. A ideia, em seu desfile de estreia, o de inverno 2014, cujas peças estampam esta Bazaar na pele de Sabrina Sato, Fernanda Motta e Mariana Weickert, era para que as modelos parecessem recém-saídas das ruas. Leia-se realidade. O que configura um novo momento, após uma década de frisson pop teatral, em sintonia perfeita com o zeitgeist, sob comando de Marc Jacobs. Não são peças chocantes para os padrões de uma semana de moda. São peças novas. E com a assinatura de Ghesquière, mestre em destilar a essência do momento.