
Salão do Móvel de Milão – Foto: Divulgação
Por Cassio Prates @evenotivy do @gid.estudio
Na mesma semana que o conglomerado de moda LVMH divulgou seus resultados do primeiro trimestre, confirmando o já esperado desaquecimento do mercado de luxo (o crescimento foi de 3%); o Salão do Móvel de Milão recebe uma maior presença das marcas de moda. Além dos enormes fabricantes de mobiliários de luxo e dos lançamentos do mercado que acontecem durante o Fuorisalone, o evento agora está repleto de etiquetas que buscam se aproximar desse ambiente, mais próspero e otimista ao que tudo indica.
Armani, Fendi, Prada, Versace e outras sempre tiveram suas linhas de itens para casa, no entanto, isso sempre ficava mais restrito para o público fashion. De uns anos para cá, a feira tem se tornado um grande momento de comunicação, lançamentos, ativações de PR com o público que está em Milão nesta semana – muitos, recém-chegado para a pré-abertura da Bienal de Veneza.

Gucci – Foto: Divulgação
Esses acontecimentos estão para além dos móveis, como uma forma de reforçar o DNA das marcas com outros compradores do mercado de luxo. Os exemplos vão de exposições de objetos de arte a clubes literários – como você pode ver na galeria.
O crescimento do setor de moda no Salão do Móvel imprime uma certa tentativa de movimento no mercado de luxo. Nessa loucura de crescimento constante, a saída tem sido ir para outros setores, quando já não se tem mais para onde crescer. E a moda de luxo, que se vê meio estagnada, ganha novos horizontes com design e mobiliário – de sua relação com craft e sustentabilidade a suas nuances de tecnologias e novos materiais. Talvez essa seja uma boa maneira de fazer esse movimento para questões mais contemporâneas.

Salone Del Mobile – Foto: Divulgação