Blazer DOD Alfaiataria, corset Stella McCartney (na CJ Mares), meia-calça Calzedonia e sandálias Arezzo – Foto: Nicole Fialdini, com direção criativa de Kleber Matheus, styling por Fabiana Leite, beleza por Silvio Giorgio (Capa MGT) com produtos Guerlain e Keune Haricosmetcs, direção de arte Victor Endo (KM Studio), set design Yuri Godoy, coordenação Mariana Simon (KM Studio), retoque Marcos Okubo, produção executiva Zuca Hub, produtora responsável Claudia Nunes, produção de moda e assistente de styling Carol Albuquerque, assistente de foto Vitor Cohen, assistente de beleza Julia Boeno, assistente de produção Caio Nogueira, camareira Iara Correa e manicure Isa Guimarães

Ao sair de Muriaé, cidadezinha no interior de Minas Gerais, Maria Braz não só ganhou o mundo como conseguiu unir quatro vezes o número de habitantes do município em seu perfil no Instagram. “Sempre fui fã deste universo e postava pequenos pedaços da minha vida. Foi crescendo de forma natural, mas, ao mesmo tempo, intencionalmente, porque queria que fosse meu trabalho. Minha mãe (Silvia Braz, que dispensa apresentações) tentou me poupar da exposição. Mas, aos 18 anos, decidi que era o que queria, e comecei a me profissionalizar”, conta sobre o início da carreira.

Atualmente, a criadora de conteúdo – formada em Direito – se dedica a compartilhar seu estilo e conhecimento de moda. Seu quadro Hunting Fashion, em que vai às ruas à caça de tendências de moda no mundo, é sucesso em suas redes sociais. Maria também conquistou o panteão das influenciadoras que conseguem trabalhar com marcas que sempre lhe encantaram, caso da Arezzo. “É unânime no guarda-roupa da brasileira. Acho que tem uma questão geracional, passa de mãe para filha.”

Durante a conversa, Maria cita frequentemente (e carinhosamente) a sua progenitora, com quem chega a dividir trabalhos. Mas na internet, ver mãe e filha trilhando a mesma carreira nem sempre gera a mesma reação amorosa: “às vezes, o público quer criar uma competição que não existe. No começo, falavam que eu copiava o jeito de falar da minha mãe. Gente, nasci dela! Nós temos muita parceria e isso transparece.”

Depois de realizar o sonho de participar do Festival de Cannes, Maria já definiu sua próxima meta: abrir uma empresa própria, de moda consciente. Quando questionada sobre o que diria, hoje, para a Maria que, aos 15 anos, saiu de uma cidade com menos de 100 mil habitantes para criar seu próprio universo, ela resume em uma palavra: confiança. “Tinha vergonha do que queria fazer, então diria para a Maria adolescente confiar no seu próprio desejo e na sua capacidade de ir atrás dele.”