
Por Rosana Rodini
Verde acalma, traz equilíbrio ao corpo e ao espírito. Foi esse o motivo da escolha de Giulia Alterio para pintar as paredes de sua nova casa, um charmoso apartamento nos Jardins. Aos 23 anos, a estilista deixou, há pouco, o conforto da casa da mãe, a também estilista Candy Brown. Com a ansiedade natural dos jovens, achou que a cor ajudaria no novo momento. Acertou. Recém-formada, com diploma de Moda pelo Istituto Europeo di Design, nossa personagem aproveita com tranquilidade sua fase. “Já me sinto em casa. E casa boa é aquela que tem história”, diz, enquanto aponta um lustre de cristal. “Era do meu avô.”

Às peças herdadas, soma relíquias que traz de suas andanças pelo mundo. “Aquela foto antiga do Mick Jagger é de uma galeria de NY.” No outro canto, pufes do Marrocos e uma caixa de som americana, na qual costuma escutar Chico Buarque, Caetano Veloso e outras brasilidades. Acima, quadros de Wesley Duke Lee. Juntou tudo. Fez um lar.

Giulia é dessas mulheres que sabem muito bem o que querem: “Ser bem-sucedida profissionalmente e independente. Uma business woman”, pontua. Está no caminho certo. É dona da Candy (segunda marca do Atelier Candy Brown, de sua mãe), etiqueta de vestidos de festas que, há três anos, virou referência entre garotas feito ela: com pouca idade, mas cheias de estilo.

Quando não está vestindo uma de suas criações, prefere peças funcionais. “Do Brasil, uso Andrea Marques. Também gosto da Barbara Casasola e Adriana Degreas.” Diz que ama Stella McCartney, as coleções cheias de estampas de fruta da Dolce & Gabbana e Céline. “Mas também vivo de Zara, Uniqlo e Topshop. A moda é muito descartável para se gastar fortunas com ela”, analisa. Armário fast fashion que ganha upgrade com “empréstimos” da mãe. “Bolsas, bijuterias, chapéus, lenços, blazers… é tudo meu”, brinca Candy.