Foto Francesca Beltran

Na Balmain de Olivier Rousteing, a moda sempre foi um caso de amor. Um amor intenso, dramático, cheio de brilho e emoção — como tudo o que o estilista tocou ao longo de mais de uma década à frente da maison francesa. Desde o nascimento do icônico Balmain Army, que transformou celebridades em musas e porta-vozes de uma nova geração do luxo, até seu último desfile em 2025, Rousteing construiu uma história feita de poder, diversidade e beleza.

Foi sob seu olhar que momentos inesquecíveis ganharam vida — como o vestido de areia usado por Tyla no Met Gala 2024, uma obra efêmera que se tornou símbolo de ousadia e fantasia. No mesmo ano, Gisele Bündchen fez seu retorno triunfal às campanhas da marca, em um encontro entre a força da mulher brasileira e a estética sensual e escultural que Olivier tanto amava.

Foto: Reprodução/Instagram/@olivier_rousteing

“Para ser honesto, tenho muito medo de ficar entediado” – compartilho Oliver para a BAZAAR. 

E com certeza tédio era a ultima coisa que víamos na Balmain sob sua direção. Entre suas colaborações mais marcantes, a parceria com Beyoncé sintetizou perfeitamente sua visão de moda: uma fusão entre arte, música e performance. Em 2023, a Balmain ganhou novas cores com a campanha fotografada pelo brasileiro Rafael Pavarotti, que trouxe uma sensibilidade vibrante e multicultural ao universo da marca.

Rousteing também transformou os desfiles em experiências — do icônico show sobre o Rio Sena, que fez de Paris uma passarela viva, ao Balmain Festival, onde moda, música e juventude se uniam em uma celebração pulsante da cultura pop.

“Depois de 15 anos na casa, já não quero mais pensar em escrever um novo capítulo. Quero escrever um novo livro!” compartilhou Olivier.

Hoje, ao se despedir da Balmain, Olivier deixa muito mais do que coleções memoráveis. Deixa um legado de emoção, inclusão e coragem criativa. Sob sua direção, a moda foi mais do que estética — foi afeto, identidade e paixão.