Por Daniela Dornellas
Uma temporada em Nova York nunca é igual. A cidade que se transforma freneticamente nos mostrou um varejo em recomposição, seguindo focados em criar experiências coletivas destinadas a construir uma comunidade conectada e sólida.
Tem ficado claro, pra mim, que estar frente à frente a cada temporada acompanhando os desfiles e do mercado varejista de Nova York faz toda a diferença na hora de pensar estratégias inovadoras para o Brasil.
Nas passarelas, a tendência foi revermos a onda retrô, das décadas de 1960 e 1970 em muitos shows. E assim a moda chique e brasileira da PatBo, por Patricia Bonaldi levou os bordados com o melhor da nossa ‘Tropicália”, a marca reviveu a expertise artesanal dos anos 70.
A nostalgia estava no ar, e também veio com a predominância de tons neutros como o off white, transparências, mas prevalecendo com todo destaque ao conforto.
E os metalizados, apostem em looks completos de tecidos brilhosos, prateados e dourados no próximo verão, essa foi a tendência mais latente. Ela apareceu nos sapatos, nos casacos, nos acessórios e nos looks desfilados. Mas também já estava no sare style e nas embalagens.
Ainda sobre mercado de moda, é mais do que confirmar que o second hand segue sendo o maior movimento das temporadas, sendo “cool” garimpar, postar, e por lá se encontrar celebridades, Influenciadoras e fashionistas aproveitando a temporada para garimpar.
Segundo a ThredUp, o secondhand se tornou um fenômeno global e é esperado um crescimento de 127% até 2026, sendo essa projeção 3x mais rápida do que a do mercado de roupas tradicional.
No ano passado, aqui em NY, durante o NRF Retail’s Big Show, uma feira global que debate o futuro varejista, já se apontou o resale como uma das sete grandes tendências do ano.
Chique é no final compreendermos que desta temporada os movimentos trazem um pedido de releituras de um passado especial em movimentos e memórias e com uma atualidade à la Beyoncé.