
Por Eduardo Rolo
Um dos destaques do desfile de Ronaldo Fraga, que apresentou sua coleção nessa segunda-feira (25.04), no SPFW, foi a neo-top transexual Camila Ribeiro, 24 anos. Viajada, ela retorna para o circuito nacional após desfilar para a Givenchy e comenta a diferença de atuar no exterior e no Brasil. “Lá fora acho que o avanço da mudança dos padrões estéticos é mais notável”, conta.”Para mim a maior dificuldade é a de quebrar a estética eurocêntrica, nossas próprias etnias acabam sendo menos representadas”, acrescenta sobre a falta da representatividade racial.

Sobre a visibilidade trans, dispara: “Eu acho que é muito mais questão de ter pessoas que acreditam no meu trabalho, que enxergam a beleza real, e menos sobre o que tenho no meio das pernas. Acredito que assim que é assim que tem que ser”. “Quando você realiza um trabalho, você prova que é apta como qualquer pessoa”, diz. “Não deveria haver diferença, as pessoas têm que parar de achar extraordinário que a gente pode trabalhar em qualquer profissão”, complementa.
A top também desfilará para À la Garçonne e para marca de beachwear Triya.
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