Não poderia haver mais drama em torno da Dior, que desfilou seu inverno 2012/13, nesta sexta-feira (02.03), marcando um ano da saída trágica de John Galliano e a segunda coleção de Bill Gaytten a frente da direção criativa da maison.
Enquanto, a cada dia, surge um nome indicado para assumir o posto de Galliano na Dior; na passarela, Gaytten – que foi braço direito do designer durante 17 anos – não dá sinais de fragilidade, apresentando uma coleção impecável, como continuidade do desfile de alta costura da marca, que aconteceu em janeiro.
Para a próxima estação, o designer resgatou a era de ouro da Dior nos anos 50, adicionando referências da alfaiataria masculina da maison e elementos femininos do balé, criando looks delicados, mas, sem ingenuidade, e muito bem acabados.
Nesta coleção, a cintura vem bem marcada – como nos tempos de Christian Dior -, mostrando uma versão mais moderna e leve do estilo ladylike, tradicional da marca, e do “The New Look” , com contrastes entre tecidos leves e pesados, plissados grossos, e tons que vão do mais leve rosado ao preto, passando por acinzentados e bordô. A seda e o couro são elementos chave da coleção, que também contou com bordados preciosos e algumas estampas pontuais.
De uma maneira geral, a mulher Dior de 2012 pode ser ultra feminina e delicada, mas de boba e frágil, não tem nada.