Nem tudo chegava ao Brasil nos anos 70. A importação era restrita, mas o desejo por moda internacional já existia — e foi assim que Rose Benedetti virou um elo entre Paris e São Paulo. “Eu tive o privilégio de ser licenciada dele no item bijuteria”, conta Rose. Entre 1975 e 1990, ela era quem trazia para cá os acessórios de Yves Saint Laurent. Não como cópias. Mas com aval da própria maison.

“Eu ia para Paris, conversava com a equipe toda, inclusive com ele, escolhia as bijus que eu poderia reproduzir no Brasil com coisa brasileira, com material brasileiro. Levava para ele aprovar e aí vendia no Brasil.” Cada peça vinha com instruções detalhadas. “Eles me mandavam com a biju o descritivo deles. Olha, o desenho do Saint Laurent com as cores que eu poderia fazer: azul com branco, vermelho com cristal, preto com cristal.”

Veludo, cristais Swarovski, metais. Tudo era adaptado à produção nacional. “Ele tinha uma paixão por acessórios. A equipe era imensa de acessórios. Tinha bijute, cinto, tinha tudo assim organizado.” Na memória, ficaram os chokers, as conchas com folhas douradas, as reuniões em Paris — e uma formação prática que ela define assim: “Para mim foi MBA em bijuteria. Com o produto direto no Brasil.”

Assista o vídeo e conheça essa história incrível.

 

View this post on Instagram

 

A post shared by Harper’s Bazaar Brasil (@bazaarbr)