
Com humor e ironia, a dupla encerra sua trajetória criativa na Sunnei, deixando a marca seguir sozinha após mais de uma década em cena. Foto: Reprodução
A cena parecia um jogo de ironia: em parceria com a casa de leilões Christie’s, a Sunnei transformou seu último desfile em um leilão encenado. Na tarde de sexta-feira em Milão, os fundadores Simone Rizzo e Loris Messina colocaram em “lote” não apenas peças, mas eles próprios e a marca — um gesto seco, sardônico e muito característico da identidade construída ao longo de 11 anos.
“Sunnei é o organismo que criamos, mas ele é autônomo de nós. Pode crescer ainda mais por conta própria: a equipe é simplesmente maravilhosa”, afirmou Rizzo, ao anunciar a saída.
A dupla fundou a marca em 2014, logo após a universidade, sem formação em moda, mas com a percepção de que faltavam projetos novos na cena italiana. Foi daí que nasceu a estética definida por eles como “jardim de infância para adultos”, que rapidamente conquistou uma base de fãs alternativa e transgeracional.
Sem revelar o destino da participação que ainda possuem na empresa, Rizzo e Messina deixam a Sunnei com o mesmo humor que marcou sua trajetória: provocando o sistema da moda e abrindo espaço para um próximo capítulo — tanto da marca quanto deles próprios.