Por Rodrigo Yaegashi e Renata Brosina
O último balanço da temporada começou com o desfile da Gloria Coelho, que abordou as décadas de 50, 60 e 80, com destaque para o “new 50’s”. Os vestidos de tule com ar tecnológico, já ícones da marca, ganham casacos acinturados com basque de babados para as românticas millennials!
Seguimos para um show de irreverência com a dupla Carol Gold e Pitty na Amapô. Nada convencional, a roupa exagerada, volumosa, hiper colorida e para todas e todos foi de abrir o sorriso do início ao fim da apresentação.
Já no Ibirapuera, tivemos a estreia da Handred, de André Namitala, com sua moda sem gênero, oversized e com olho nas origens. De Medina a Marrakesh, o estilista nos fez viajar pelo decorativismo étnico na perspectiva com DNA da marca.
Vamos falar de Ronaldo Fraga? Como não se emocionar em mais um desfile repleto de crítica, empoderamento feminino e com um desfecho de Marília Gabriela, assim como as modelos, deitadas no chão? Pois bem, Bazaar amou os bordados, estes feitos pelas talentosas e tradicionais bordadeiras de Barra Longa, Minas Gerais, cidade atingida pela tragédia de Mariana e, claro, a poesia que Ronaldo traz por de trás de cada peça! BRAVO!
Juliana Jabour desce a pista de esqui norte-americana com muita feminilidade. Seus babados, laços, golas altas e ares vitorianos ganham tratamento esporte e tecnológico, com parkas em tecidos solucionados e plásticos em uma cartela de cores adocicada, amada pela clientela fiel da label.
Fechando a temporada, João Pimenta estreia com uma coleção 100% feminina. O olhar apurado para a desconstrução da alfaiataria vindo dos anos como estilista masculino reflete em casacos alongados desejo absoluto para a mulher de hoje. Ares campestres, tema recorrente no masculino, ganha bordados e aplicações florais brilhantes em vestidos ultra delicados, somados ao patchwork de estampas. Vida longa!