Gretchen – Foto: Vinicius Fleury/Divulgação

Ela é irreverente, ousada, adorada e admirada por adultos e crianças. Gosta de viver a vida do seu jeito e não se importa com o que os outros pensam, acha que as pessoas têm de ser o que querem e viver como quiserem. Essa é Gretchen, que acaba de lançar um single e já está de partida para a Europa para fazer shows. No Brasil, embora já tenha solicitações para espetáculos, ela ainda não tem uma data de apresentação, mas esperamos que seja em breve. 

O single novo, “Fênix do Amor”, é uma composição de seu filho Gabriel Miranda e tem produção musical e arranjos de seu marido, Esdras de Souza. A música traz uma mensagem de liberdade e de as pessoas se aceitarem como são, mas com uma pegada alegre e dançante. No clipe, Gretchen aparece de diferentes formas e encarna a própria fênix, em uma fantasia de com plumas. 

Segundo a artista, o melhor momento de sua vida é agora e está feliz e realizada. “Estou vivendo o melhor momento da minha vida”, diz. Ansiosa para dar o start nas apresentações, Gretchen está de partida para a Europa, onde faz shows na Bélgica e em Amsterdã, na Holanda – onde vai aproveitar também para visitar sua netinha francesa. Sobre novos trabalhos, ela diz que vai aproveitar esse período na Europa com o filho Gabriel e o marido para pensar em um EP. “Então, como estou indo com meu marido e meu filho, é muito provável que a gente pense em um EP. Meu filho compõe muito rápido e muito bem, então vamos aproveitar esse momento juntos para fazer.”

Leia seguir conversa que Bazaar teve com Gretchen via Zoom. 

Como surgiu esse novo trabalho, “Fênix do Amor”?

Surgiu de o meu filho querer compro uma música que retratasse o momento de hoje, de tudo o que ele viveu comigo, o que sou para ele como mulher, como mãe, como profissional. No fim juntamos tudo isso com o momento que a gente está vivendo. 

Seu marido, Esdras, toca na música?

Toca saxofone, fez os arranjos de violino, de teclado, guitarra, backing vocal, ele que foi o diretor musical. 

Qual a expectativa para o lançamento?

A expectativa é muito grande. Acho que essa música retrata muito o que estamos vivendo, é um grito de liberdade para todos nós, para mulheres, mulheres que sofrem violência, LGBTQIAP+, os negros, que temos todos os dias que nos levantar e renascer das cinzas. 

Você acha importante levantar essa bandeira?

Lógico. Esse é o momento de levantar, porque parece que as coisas pioraram muito, então se a gente não brigar, as coisas vão ficar piores do que já estão. 

Pretende fazer shows do novo trabalho?

Sim. Eu começo pela Europa, estou indo agora para Bélgica e Amsterdã, e depois continuo por aqui. 

Vem álbum novo por aí?

Então, como estou indo com meu marido e meu filho, é muito provável que a gente pense em um EP. Meu filho compõe muito rápido e muito bem, então vamos aproveitar esse momento juntos para fazer. 

Você já pensou em compor?

Não. O meu trabalho é mais visual como o clipe, eu que penso toda essa parte. Sou mais da parte de coreografia, de escolha de repertório. A parte de produção fica com o meu marido e, de composição, com meu filho.

Os shows no Brasil começam quando?

Então, está tudo muito incerto. A gente tinha o Carnaval fora de época, já não tem mais. Os shows ainda estão muito incertos. Mas eu já tenho pedidos e já tenho uma certa agenda, mas têm que estar de acordo com o que eu tenho para fazer, porque hoje em dia eu não abro mão da minha qualidade de vida, não abro mão do meu momento com meus filhos, na minha casa, do meu dia a dia. Eu cheguei em uma idade que posso dizer: Olha isso é legal, vou fazer”.

E qual sua expectativa com os shows no Brasil?

Eu percebo que as pessoas estão sedentas por show, ficamos dois anos parados, então acho que tudo o que a gente fizer vai ser legal. 

Você é um ícone, ganha memes e homenagens, como vê a Gretchen nos dias de hoje?

Ai, eu adoro, aliás, eu tenho todos os meus memes e mais alguns, procuro estar sempre conversando com os memes, porque essa linguagem é prática, é maravilhosa. Eu me renovei muito, porque além de filhos com pouca idade, eu tenho fãs muito jovens, o que me traz um frescor diário. Estar sempre aprendendo coisas novas me traz mais juventude ainda. A ideia minha e de meu marido de fazermos o TikTok juntos traz justamente essa coisa da criança, de dançar sem se preocupar se está correto ou não, de se divertir, de trazer alegria, acho que isso conquistou as crianças, porque elas adoram ver nossos vídeos juntos. 

Falando em criança, como é ser avó?

Eu adoro. Agora nesse fim de semana vou estar com o Bento [filho de Thammy], e na semana que vem com a minha neta francesa, que é filha do meu filho compositor.

E a questão do etarismo, como você avalia isso nos dias atuais? Acha importante falar sobre o tema?

É pertinente sempre falar sobre mulher, principalmente com o que anda acontecendo. O que aconteceu há poucos dias [referindo-se ao anestesista que estuprou uma mulher enquanto ela dava à luz], foi o absurdo dos absurdos, uma coisa que a gente em sã consciência jamais imaginaria. 

Como a moda está inserida na sua vida e na sua música?

Eu sou uma pessoa que não gosta de usar coisa de velho. Eu sei que muitas vezes as pessoas pensam: “Isso não é roupa para a sua idade; você está sempre de barriga de fora; de shortinho; de biquíni fio dental”. Eu nunca soube que na etiqueta das roupas tinha assim, até 18 anos, até 50 anos, só se lançarem essa moda agora, com etiqueta dizendo qual a idade para usar. Porque eu vou te dizer uma coisa, eu vou continuar usando a moda que eu acho legal, eu me inspiro na Anitta, eu amo as roupas da Anitta, estou sempre fazendo coisas muito parecidas com as dela, gosto da Rebecca, da Iza, acho as roupas delas muito transadas, A gente tem que vestir o que a gente quiser, fazer o que a gente quiser. 

Se fosse hoje, você participaria de novo de um reality?

Depende. Se fosse um reality que eu acho que valeria a pena, elevar alguma coisa do meu jeito de ser, sim. Porque todos os realities que eu participei foi com a intenção de as pessoas me conhecerem como Maria, fora do meio artístico. 

Como você cuida da beleza hoje em dia?

Eu sofro, viu? Academia todos os dias, um monte de “furada”, é difícil, mas vale a pena. Eu faço musculação, que o aeróbico já é uma coisa minha do balé, de dançar, e faço tratamentos estéticos, que chega uma idade que a gente tem que fazer, porque a pele fica flácida e tem um momento que você tem que se cuidar mesmo. Mas eu cuido muito da minha saúde, eu não bebo, não fumo, faço tratamento com nutrólogo, reposição hormonal, eu cuido muito do meu interior. 

O que você diria para os que querem seguir uma carreira como a sua? 

Que tem que estudar. Qualquer trabalho você tem que ter estudo, se você não souber falar em uma entrevista, se não souber se posicionar… E isso faz parte da educação. 

E como você vê o atual momento da arte no Brasil?

Está muito complicado, né? Está sendo difícil, mas a gente vai conseguir porque as coisas vão mudar.