Majur: “Estou vindo com um disco completamente solar”

“Vocês não conhecem quase nada de mim”, afirmou a cantora e compositora Majur nesta entrevista à Bazaar. Apesar de ter uma base fiel de fãs que a acompanham nas redes sociais, ela pondera que consegue filtrar o que compartilha na internet. “Eu vou mostrar muito mais de mim com a intercessão de outras histórias.” É o que promete seu segundo álbum, com previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2023. O primeiro single que aponta os caminhos desse novo momento chegou com clipe nesta sexta-feira e leva um nome sugestivo: “Mapa de Estrelas”.

O que ele sugere, exatamente, é a possibilidade de se concretizar sonhos – um guia inspirador que tranquiliza: o universo onírico está ao seu alcance. “Ter uma ideia de que se a gente está vivo, podemos fazer tudo que a gente quiser”, explica Majur. Ao menos, foi o que aconteceu com ela.

“Tem muitas pessoas que vivem infelizes por não dizer exatamente aquilo que elas queriam ser, por não viver exatamente aquilo que elas queriam viver. Nessa música, eu estou falando sobre esse sonho, essa vontade, essa ousadia de correr atrás dos seus sonhos, de resolver, de conseguir acessá-lo de qualquer e de qualquer maneira de fazer tudo. Eu sou essa pessoa, eu fiz isso acontecer e corro atrás dos meus sonhos todos os dias.”

Claro que jornadas rumos aos sonhos costumam ser odisseias, ao pé da letra. Viagens marcadas por aventuras, imprevistos, eventos singulares e, acima de tudo, superação de obstáculos. A música também fala disso. “Reescrevi um mapa de estrelas a guiar um caminho pra viver. Percebi que nada é tão longe quando umbilical se corta e deixa fluir”, são as primeira palavras que ela canta.

“Umbilical, de fato, tem vários significados. Pode significar uma casa, família, pode significar tanta coisa… O que a gente não pode é deixar com que qualquer coisa, sejam pessoas ou sentimentos, façam com que a gente decida lutar por nós”, encoraja na entrevista.

Seu novo álbum é a concretização musical desse momento de realizações. “Eu estou vindo com um disco que é completamente solar e que vai trazer a essência de quem eu sou.” Afinal, é com a arte que ela melhor se comunica.

“Eu tenho uma forma híbrida de escrever então não vou contar uma história de fato, vão perceber que tudo que eu estou falando eu estou vivendo ou já vivi em algum momento, mas que vai fazer sentido para a vida delas também.”

Em resumo, “um álbum solar, cheio de vida e amor”. O amor vem de várias formas, sabemos, mas o romântico tem tido um lugar especial em sua vida. Em setembro, ela se casou com o coreógrafo Josué Amazonas em uma cerimônia que não pode ser descrita com outro adjetivo senão mágica.

“Tem muita gente me perguntando sobre o meu casamento e se agora eu vou falar sobre esse assunto. Eu acho que sim, tem um tom de fato romântico, e eu estou apaixonadíssima, estou amando e sendo amada, me sinto tão realizada”, compartilha. “E, sim, isso influencia muito nas minhas canções, mas isso não é tudo. É muito mais do que isso.”

Quando ela compartilhou as fotos da cerimônia, escreveu na legenda: “Eu sou aquela menina de 17 anos que sonhava em se casar. Agora eu sou a noiva mais feliz do mundo.” Ao mesmo tempo, em outra foto, compartilhou: “Esse é um #tbt que eu imaginava fazer com 30, me programando para ter filhos e provavelmente viajando pelo mundo. Mas o meu ori me fez entender que o caminho pode ser totalmente diferente quando a gente sente e quer! Eu me apaixonei, vivi, tô amando e amando me casei aos 26.”

Então, talvez seja exatamente sobre isso. A tranquilidade em saber que caminhos e sonhos mudam, mas o mapa para as estrelas é basicamente o mesmo. Se permitir, deixar fluir, se sentir vivo. “É um mapa de sonhos que brilham com pessoas, de sonhos de pessoas que brilham”. Como é Majur.