Elisa Stecca – Foto: Divulgação

Às vésperas de embarcar para a Noruega, com parada na Islândia, a fim de ver de perto a aurora boreal, Elisa Stecca fala à Bazaar que o seu trabalho é movido pela experimentação. Vai da performance à tapeçaria, passa pelos minerais, aquarela, impressão e fotografia. “É uma conquista da arte contemporânea”, conta. Suas viagens servem de inspiração para o trabalho – ele se retroalimenta de tudo o que vivencia. Essas, em especial, se materializam na exposição “MAR/ MAR do Norte”, com 35 obras esculpidas e modeladas em cerâmica esmaltada, expostas na Galeria Soma, de Curitiba (PR), a partir do dia 23 deste mês.

A expo “Tangências”, de Elisa com Biondani, reuniu transparências e sobreposições, com registros em vidro e tecido – Foto: Divulgação

A mostra vem na sequência de “Tangências”, realizada com o fotógrafo e cineasta Willy Biondani. Estiveram juntos na moda, no cinema e no design. “É muito legal produzir em conjunto, porque o dia a dia do estúdio pode ser bastante solitário. De certa forma, essa exibição foi um presente, pois encerramos esse ateliê no início deste ano.”

Elisa tem como propósito não falar sobre projetos em andamento até estarem concretizados. Essa liberdade pode ser sentida em outras esferas da sua vida. “Estou morando mundo afora e aquilo que faço está centrado na minha pessoa. O planeta ficou pequeno.” Ela desbloqueia o celular, compra a passagem, arruma a acomodação, fornecedores e locomoção em qualquer parte do globo. “Minha mala é também a minha casa e o meu ateliê.”

Elisa foi produtora, editora, criadora e, na joalheria, atuou por quase 20 anos. “A coisa que mais adorava era fazer desfile. Nada mais é que uma exposição, um espetáculo teatral e performance em 15 minutos. Amo a moda e hoje ela aparece de forma sutil no meu portfólio e, de maneira afetiva, como admiradora”, diz. Em suas obras, a subjetividade é sedutora. “Algo que o trabalho propõe. Não é racional. Fica fácil identificar um frasco ou uma escultura. Ou quando uso joalheria e pedra. Mas é mais sutil quando é uma aquarela”, justifica.

Para os próximos meses, a multiartista está com duas pesquisas em desenvolvimento. “Estou trabalhando com árvores mortas, preparando esculturas grandes. Vai ser um desafio.” Além disso, está esculpindo o mais tradicional dos materiais, o mármore. Para Elisa, ao que tudo indica, os caminhos estão abertos.

À convite da Bazaar, Elisa Stecca faz a seleção de peças a seguir:

Contrafluxo

Dries Van Noten, verão 2024 – Foto: Divulgação

O azul foi elemento curinga no desfile verão 2024 de Dries Van Noten, na semana de moda de Paris, em setembro passado, ofuscando as estampas. A sua autenticidade pode ser traduzida na contramão da tendência, mesclada às peças com inspiração preppy e que reverenciam as alas esportivas. Destaque para este trench, na cor light blue, com saltos de couro!

Futurismo

Foto: Divulgação

Em tempos de óculos de realidade virtual e computador espacial, entram em cena os metaverse metals, acessórios mais avantajados, com aplicações de cristal, placas prateadas e armações retangulares. Exemplo da tendência é a versão da Dolce & Gabbana Eyewear (modelo DG4450, da coleção DG Logo, distribuída pela Luxottica), com hastes retas e pontas curvas, evocando um universo high tech.

Beleza atemporal

Foto: Divulgação

Os anéis de diamante transcendem o tempo, simbolizando amor e compromisso. Esta joia de ouro, com um diamante (cultivado em laboratório) cravejado à mão, pode ser usada como anel de noivado, solitário ou combinada com outros itens da coleção “Pandora Brilliance”. Celebre o amor com uma obra-prima que transcende gerações.

Herança de família

Foto: Divulgação

A habilidade artesanal é peça fundamental na identidade da Fendi. E a linha “Selleria”, de volta às raízes da grife romana, é uma das mais exclusivas. Reinterpretada tanto por Silvia Venturini Fendi quanto por Kim Jones, a coleção verão 2024 ganha assinatura em todas as categorias da etichetta italiana, de bolsas de couro até joias.

Obra multifacetada

Foto: Divulgação

Mark Rothko (1903-1970) está em cartaz na Fundação Louis Vuitton, em Paris, com retrospectiva que apresenta 115 obras das maiores coleções internacionais. Disposta de forma cronológica, a mostra traça a carreira de Rothko – desde cenas íntimas e paisagens urbanas, passando pelo expressionismo abstrato, até chegar aos anos 1950. Disponível até 3 de abril.

Natureza cíclica

Foto: Divulgação

Desde sua estreia na Gucci, com a coleçãoverão 2024 (que acaba de desembarcar no Brasil), Sabato de Sarno traz um ar simplificado de sofisticação às suas silhuetas. Isso quer dizer que os acessórios ganham status bold, arrematando os looks. Para a campanha de Gucci Marina Chain, ele retorna à trama icônica inspirada no mundo marítimo, com a supermodelo Daria Werbowy (na campanha) usando brincos, pulseira e colar com acabamento dourado. How Bazaar!

Café o dia todo

Foto: Divulgação

Le Cordon Bleu Café, em São Paulo, celebra o legado de Nina Horta com uma réplica de sua biblioteca. O cardápio se teletransporta às cafeterias francesas – com sanduíches, petit fours, pâtisserie e viennoiserie. O pedacinho mais parisiense da Vila Madalena funciona de segunda a sexta, das 7h30 às 19h30.