
Bonaventure Soh Bejeng Ndikung – Foto: Jana Edisonga / Fundação Bienal de São Paulo
Bonaventure Soh Bejeng Ndikung é uma figura proeminente na cena da arte contemporânea global. Nascido em 1977 em Yaoundé, Camarões, sua trajetória única e interdisciplinar combina construção institucional como prática, práticas curatoriais com ênfase na performatividade, práticas sonoras, instalativas e visuais, teoria crítica e discurso com formação acadêmica em biotecnologia médica e biofísica. O compromisso de Ndikung com a intersecção entre arte e ciência, juntamente com sua visão inovadora, culminou em sua nomeação como diretor e curador geral do Haus der Kulturen der Welt (HKW) de Berlim a partir de janeiro de 2023. Ndikung também é professor na weißensee academy of art berlin.
Emocionado, ele comentou sobre o convite. “A Bienal de São Paulo não é apenas uma das bienais mais antigas e importantes do mundo, mas, como uma das poucas bienais de entrada gratuita, ela provou ser uma bienal do povo e para o povo nos últimos 73 anos. Com suas exposições inovadoras, programas públicos e pedagógicos, a Bienal de São Paulo conseguiu levar a arte para diversas comunidades e grupos demográficos”, comenta em nota para a Fundação.
O camaronês radicado em Berlim, Kiluanji Kia Henda, destaca-se como uma das figuras proeminentes no cenário internacional das artes visuais, deixando sua marca em uma ampla gama de atividades culturais e curatoriais. Em 2009, fundou a plataforma SAVVY Contemporary em Berlim, Alemanha, tornando-se um ponto crucial para diálogos interculturais e experimentações artísticas. Sua experiência como curador o levou a desempenhar papéis importantes em eventos de prestígio, incluindo a Documenta 14 em 2017, a Bienal Dak’Art no Senegal em 2018 e a Bienal de Veneza, onde não só curou o Pavilhão Finlandês em 2019, mas também foi membro do júri na edição de 2022. No início do ano passado, Ndikung assumiu a direção do Haus der Kulturen der Welt (HKW) em Berlim, tornando-se o primeiro líder negro da instituição.”
O projeto curatorial de Ndikung foi escolhido pela presidente da Fundação Bienal de São Paulo, Andrea Pinheiro, por meio de um comitê curatorial composto pela presidente, a vice-presidente Maguy Etlin, o presidente do Conselho de Administração Eduardo Saron, os conselheiros José Olympio da Veiga Pereira, Ligia Fonseca Pereira, Marcelo Araujo, Susana Steinbruch e Paula Weiss, com o secretariado de Antonio Lessa, o superintendente executivo da Fundação Bienal de São Paulo. “Em seu trabalho curatorial, Bonaventure Soh Bejeng Ndikung atua como uma força motriz que desafia fronteiras e contribui para moldar o futuro da arte contemporânea global. Tenho certeza de que a 36a Bienal de São Paulo continuará desempenhando seu papel provocador e atento às questões atuais, dando prosseguimento aos desenvolvimentos trazidos por nossas edições mais recentes”, destaca Andrea.
A 36ª Bienal de São Paulo está programada para ocorrer no segundo semestre de 2025, e o projeto curatorial de Ndikung será apresentado no segundo semestre deste ano, junto à composição de sua equipe curatorial.