Ryan Gosling na premiere em Hollywood – Foto: Getty Images/Axelle/Bauer-Griffin/FilmMagic

“La La Land”, “Blade Runner 2” e “Barbie”. São esses os filmes que Ryan Gosling acumula no currículo nos últimos anos. Um dos principais atores de sua geração, o artista costuma se envolver de corpo e alma em seus projetos. Por isso, em “O Dublê” não seria diferente. O novo filme de David Leitch, inspirado na série de TV “Duro na Queda”, acompanha Colt Seavers (Ryan Gosling), um dublê de Hollywood que precisou abandonar a vida de acrobacias perigosas após sofrer um acidente. Um tempo depois, ele é chamado de volta para trabalhar em um filme dirigido por sua ex, Jody Moreno, interpretada por Emily Blunt, realizando as cenas mais intensas de ação de Tom Ryder, protagonista do longa vivido por Aaron Taylor-Johnson. Em entrevista exclusiva, Ryan detalha a experiência frenética de fazer um filme que homenageia os dublês, parte importante e fundamental do cinema de Hollywood.

O ator, que começou a sua carreira aos oito anos de idade, relembra que sempre esteve acompanhado de um “substituto”. Um de seus primeiros trabalhos como ator foi em um programa de ação infantil chamado Jovem Hércules, no qual quase sempre um dublê. “Eles [dublês], entram, fazem todas as coisas legais, arriscam tudo, depois desaparecem nas sombras, e os atores recebem os créditos pelo trabalho deles. Então, é emocionante fazer parte de algo que coloca os holofotes de volta neles e destaca todas as coisas incríveis que fazem e os riscos que correm”, comenta.

Para o artista, David Leitch foi a pessoa perfeita para criar uma obra sobre a comunidade de dublês. “Definir um filme de ação dentro do mundo das pessoas que fazem filmes de ação pareceu tão autêntico, porque só quem trabalha no meio são sabe realmente como fazer”, afirma o ator, relembrando que antes de ser diretor, David foi dublê de Brad Pitt. “Este filme retrata como são feito as produções e das pessoas que fazem esse trabalho”, diz. Sobre seu personagem, Ryan rasga elogios. “O filme não é sobre super-heróis, mas sobre as pessoas que os interpretam” revela. Colt é um herói da classe trabalhadora, que, de muitas maneiras, é apenas um cara comum. “Ele está lutando com a perda e tentando encontrar seu caminho de volta. Ele é resiliente, o tipo de pessoa que esperamos ser em circunstâncias difíceis, alguém que continua se levantando e não desiste”, revela.

Pensando na autenticidade do longa-metragem, o ator fez alguns dos dublês na obra, tudo para entender com o que eles lidam todos os dias. A experiência rendeu a cura de um trauma. “Tenho medo de altura, e eu sabia que um dos dublês que eu faria seria uma queda de 12 andares. Eu pensei que poderia superar esse medo. O que acabou acontecendo, porque confiei tanto na equipe”, conta ele, que também foi arrastado pela Ponte da Baía de Sydney. Ryan revela que entre tantos aspectos possíveis, gosta do fato de que o filme só quer fazer os telespectadores felizes. “Amamos o que fazemos, somos sortudos por isso e acreditamos que é o melhor trabalho do mundo. Todos os dias no set, nosso objetivo é criar uma experiência feliz para os espectadores e deixá-los com uma experiência compartilhada e inesquecível.” Assista abaixo o trailer de “O Dublê”, que estreia nessa quinta-feira (02.05) nos cinemas brasileiros: