André Lamoglia usa calça Victor Belchior – Foto: Ivan Erick, com direção criativa de Josephine Cho, styling por Bruno Uchoa e beleza por Suy Abreu

André Lamoglia estampa a capa e recheio da segunda edição da Bazaar Man, que ganhou as bancas neste mês de maio. O protagonista de “Elite” (Netflix) é também o convidado do novo episódio do podcast “Garotos da Capa”, uma produção da Carta Editorial, que edita a Harper’s Bazaar no Brasil. O ator brasileiro, que mora há três anos em Madri, conta da vida corrida e dos prazeres e dores de viver um personagem de tamanha importância na plataforma de streaming – caso de Iván. “Sempre que estou em um projeto, quero sugar o máximo. Para mim, esse lance de ter bastante cena, eu prefiro. Estar mais ocupado, todo dia gravando”, explica ele.

“Quanto mais protagonismo, melhor. Vejo como uma coisa positiva”, reforça. Segundo Lamoglia, nesta sétima temporada chegam personagens novos. “Sempre que isso acontece, tem muita coisa para contar. Acho que é uma temporada que está bem dividida falando de protagonismo”, conta. Na época da entrevista, Anitta ainda não havia sido anunciada como participante do drama espanhol – previsto para chegar às telinhas em algum momento entre o segundo semestre de 2023 e o começo de 2024. No papo a seguir, ele fala de fé, da família, ensinamentos, rotina de skincare e mais.

O ator gostaria de voltar ao teatro que o revelou e está com vontade de se jogar nos cinemas. “Está nos meus planos, amo fazer, amo atuar com câmera. Nesse meio-tempo, não tive tempo de gravar, mas em breve atuarei em um projeto que não tem a ver com ‘Elite’, mas mais ou menos sim”, despista. “Não posso falar muito”, diz ele que defende que seria uma boa ideia ter um spin off da história de Iván na produção espanhola.

No episódio de número 40 do podcast, o ator fala do shooting de vibe festiva, fashionista a partir de looks oversized. Oferecimento de Ralph’s Club Parfum, a nova fragrância da L’óreal.

Bandeiras

As bandeiras que defende são as que lutam pela igualdade e bem-estar de todos. “Não tinha que ser tabu certas coisas. Não tínhamos que lutar por algo que deveria ser normal, do dia a dia. Todo mundo é o que é e está tudo bem.” Entre elas, causas sociais e LGBT+, como seu personagem bissexual. “Quando fiz o teste não imaginava, mas quando descobri foi normal. Não teve tabu nem nada (…) Minha cabeça sempre foi a mesma, antes de interpretar, sempre lutando pela igualdade. Lendo, acabo descobrindo coisas que não sabia, termos, mas a minha percepção não mudou”.

Distraído

Desapegado com celular, esquece de responder e se diz distraído. “Às vezes, você manda mensagem e estou pensando em outra coisa”, ri. Depois, ela se perde e ele percebe que não respondeu. Com uma planta na sala de casa, que dava para visualizar do outro lado da tela, Lamoglia diz que o vaso já estava na casa antes dele. “Acendo vela e incenso, mas não para purificar. Gosto do cheiro. Aromaterapia. Por exemplo, para a entrevista botei um perfume porque gosto de me sentir bem comigo mesmo. Ninguém vai sentir meu cheiro, ninguém tá aqui comigo”. Tem tudo a ver com autoestima, segundo ele.

QUIZ

Contato mais famoso na agenda do telefone
Vini Jr. Viramos amigo, falo com ele diariamente. É uma coisa que já virou normal. Ator muito conhecido, talvez, seja o Bruno Gagliasso.

O que não pode faltar na sua playlist?
Tudo o que possa imaginar. Sou muito eclético quando se fala de música. Cada dia acordo em um mood. Depende, também, se estou fazendo um exercício, quando gosto de algo mais agitado – seja um funk ou hip hop. Se estou mais tranquilo, em casa, boto aquela vela e quero focar no trabalho, aí boto um Jack Johnson ou Lagum. Gosto de pagode, também. O que menos escuto, é mais fácil, não sou muito do eletrônico pesadão. Mas um house e um chill, eu gosto.

O que deseja para o futuro da sua carreira?
Costumo dizer que vou onde bons projetos estão, chamem a minha atenção e possam agregar. Quando estava na Argentina, comentava: “imagina ir para a Espanha e gravar uma série como ‘Elite'”. Por que não? Tem coisas que tenho de me preparar mais para estar apto. Tenho vontade de Hollywood, obviamente. A pandemia e o streaming fizeram as coisas ficarem mais globalizadas. O acesso e o contato ficaram mais rápidos. No Brasil, também tenho vontade de fazer um projeto legal. Sonho seguir fazendo o que faço por muito tempo.

Cantar é algo que faz bem?
Não é um talento que tenho, mas é aquilo falei: gosto muito de desafio. Se tiver, eu vou atrás. Mas tenho a consciência de que é dom, também, além de muito estudo. Não é algo que pratico ou tenho intimidade. Não falo que canto, mas se tiver, vou fazer de tudo.

Bilhete para o fim de 2023
Que tenha acontecido tudo dentro do que tinha que acontecer. Que a série tenha estreado bem, que possa ter feito trabalhos e seguir fazendo o que amo. Com bons projetos. E seguir sendo essa pessoa que eu sou, tendo minha família e meus amigos por perto. Não tenho muita exigência. Mas que olhe para trás e comemore: caraca, consegui esse projeto grande, internacional ou no Brasil! E chegue no final do ano e tenha viajado bastante.