Dia do Orgasmo – Foto: Arquivo / Harper’s Bazaar

Celebrado nesta quarta-feira (31.07) o Dia Mundial do Orgasmo é uma data dedicada a reconhecer e promover a importância do orgasmo para a saúde e o bem-estar. O climax nada mais é do que uma sensação que vem da contração da musculatura pélvica e prostática, acompanhada da sensação neurológica de satisfação e relaxamento. Ele ocorre com uma descarga de tensão dos músculos que, ao longo do estímulo, foram contraídos e que ao chegar ao ápice são liberados. Para destacar questões relacionadas à sexualidade, como prazer e educação sexual, a Bazaar divulga uma pesquisa que demonstra como o brasileiro encara o tema.

De acordo com a pesquisa Censo do Sexo, encomendada pela Pantynova, marca de bem-estar sexual, 68% das mulheres heterossexuais atingem o orgasmo sozinha, diferente de 19% – que conseguem com o parceiro. As homossexual afirmaram conseguir 63% sozinhas x 28% com a parceira. Os bissexuais ficam entre os 66% que conseguem sozinhas contra os 17% com parceiro. Já a Pansexual afirma que 68% alcançam  sozinhas x 15% com o parceiro. Quando o assunto é orgasmo no sexo a dois, apenas mulheres lésbicas se destacam, somando 28% das que afirmam gozar sempre transando com outra pessoa, ou seja, 9% a mais do que mulheres heterossexuais. Ainda assim, a frequência de orgasmo é muito menor do que a dos homens cisgêneros, independente da orientação sexual. Os dados da pesquisa confirmam que o uso de sex toys está associado a uma maior satisfação: 64% afirmam que têm mais qualidade no orgasmo e 52% dizem melhorar também a sua frequência.

No sexo a dois, as preliminares são particularmente essenciais para obter melhor resultado, segundo Claudia Petry, pedagoga com especialização em Sexualidade Feminina pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e membro da SBRASH (Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana). “Se levarmos em conta que na masturbação a mulher demora, em média, 8 minutos para chegar ao orgasmo, enquanto no sexo a dois o tempo sobe para cerca de 14 minutos, fica fácil entender a importância de preparar corpo e mente para a relação sexual”, afirma a médica.

Inclusive, o Censo do Sexo mostra que 53% das pessoas se sentem ansiosas para fazer o parceiro gozar, 39% em manter a excitação o tempo todo e 36% sentem pressão em gozar mais rápido. Apenas 13% afirmaram nunca ter sentido ansiedade ou pressão sexual, o que comprova a análise da psicanalista. “A ansiedade no sexo está, em parte, em atender a uma expectativa, seja de ‘ume parceire’ ou de um discurso social. O imperativo ‘goze, mas também faça gozar’, gera um constrangimento e um receio de ‘fracassar’, é muito comum perguntar ou ouvir: ‘você gozou?’ a fim de saber se relação sexual foi ‘bem-sucedida’, se o desempenho foi o esperado”, explica a psicanalista Joana Waldorf. O Censo do Sexo contou com a participação de mais de 1800 pessoas de todos os gêneros, orientações sexuais, de todas as regiões do país, que responderam a quase 100 questões.

Abaixo, reunimos lançamentos especiais de sexual wellness para você comemorar o Dia do Orgasmo – seja sozinha (mas, muito bem acompanhada) ou à dois.