Foto: Arquivo Harper’s Bazaar

A pandemia fez crescer a necessidade de trabalhar o autocuidado com a saúde do corpo e da mente. Não à toa, ambos se complementam, e, desde 2020, os produtos que promovem a sensação de cuidado e bem-estar tiveram um imenso salto de participação e vendas no mercado.

Com o cuidado da pele em alta, o chamado “skintimate” desponta como uma tendência de cuidado da pele das áreas íntimas com cremes, óleos e lubrificantes que hidratam, limpam e tratam a região com diversos benefícios, indo muito além da rotina de higiene tradicional.

Mas, afinal, o que é o skintimate?

A prática é definida como uma série de cuidados com a região íntima, em especial para o público feminino, que necessita de uma atenção redobrada por trazer órgãos sexuais internos e, portanto, mais propensos a doenças, infecções e inflamações.

Para realizar esses cuidados, diversos produtos são lançados diariamente no mercado, mas nem todos são eficientes e saudáveis. O crescimento do mercado vem justamente da lacuna criada entre o tabu de falar sobre o assunto e o lançamento de produtos que não são adequados para a região íntima.

Tudo isso começou com os primeiros sabonetes líquidos íntimos, que se tornaram extremamente populares entre o público feminino.

Qual a importância de fazer o skintimate?

A principal função do skintimate, além de cuidar da saúde da pele ao redor da vulva com produtos específicos, é reduzir os desconfortos que ocorrem durante o período menstrual, aumentar o prazer durante as relações sexuais, promover o autoconhecimento e a saúde do corpo feminino e, também, quebrar os tabus sobre produtos e debates sobre a região íntima.

Diversos cremes, óleos e procedimentos estão atualmente disponíveis no mercado para uso diário na rotina de skintimate. É importante ressaltar, no entanto, que os sabonetes feitos especificamente para a limpeza da vulva devem ser utilizados apenas na região externa, uma vez que a vagina é autolimpante. Nenhum produto que pode atacar e destruir a microbiota vaginal deve ser introduzido no canal vaginal.

Quais os tipos de produtos e procedimentos disponíveis no mercado?

Dentre os diversos produtos no mercado, destacam-se principalmente os hidratantes para a vulva. O produto, assim como os sabonetes, é indicado para a região externa da área íntima, ou seja, não deve ser passado nos pequenos lábios e tampouco dentro da vagina.

O hidratante é utilizado para acalmar a pele e prevenir assaduras. Segundo ginecologistas, pelo fato de a região ser quente e ficar constantemente abafada, é preciso escolher um creme hidratante com textura leve, toque seco e que tenha rápida absorção, para evitar que a área fique úmida e desenvolva o aparecimento de fungos e bactérias.

Existem outros procedimentos, como a tonificação da musculatura na região íntima, através do aquecimento da área com um aparelho infravermelho, algo parecido com as lâmpadas de fisioterapia, principalmente para pacientes no pós-parto ou na menopausa, que sofrem com síndrome de frouxidão vaginal, disfunção sexual ou que simplesmente buscam rejuvenescimento vulvovaginal. O procedimento não é invasivo e pode ser feito a cada 15 dias.

Atenção redobrada à depilação

Para evitar o problema da foliculite, muitas pessoas acabam optando pela depilação a laser para se livrar de pelos indesejáveis, já que outros métodos podem ser invasivos e, a longo prazo, prejudicar a pele, dependendo da sensibilidade de cada pessoa.

Vale ressaltar, entretanto, que a presença ou ausência de pelos na região íntima não prejudica os cuidados do skintimate e tampouco da saúde da região.

A foliculite resultante da depilação feita em pele ressecada traz uma série de problemas à saúde íntima e pode causar desconforto, inflamação e acúmulo de bactérias. Além dos cuidados em uma boa rotina de skinmate, é imprescindível conversar com ginecologistas e dermatologistas para escolher produtos adequados ao tipo de pele da consumidora.