O Now United anunciou na semana passada a despedida de Any Gabrielly, integrante brasileira do grupo de pop com jovens de vários países, e a notícia repercutiu fortemente no universo da música. “A notícia é realmente bombástica, mas eu não esperava a repercussão que teve. Fiquei muito feliz como a galera abraçou a notícia da minha carreira solo”, conta a artista, em entrevista exclusiva à Bazaar.
Ela se despede oficialmente do grupo no dia 27 de novembro, em Portugal, mas antes disso dá pivô no Brasil no dia 19 de novembro, em apresentação no Allianz Parque, em São Paulo. Leia na íntegra ao bate-papo que a redação levou com ela via Zoom:
Você já vinha matutando a ideia de uma carreira solo há algum tempo?
Eu acho que a gente vai crescendo – e acho que em tudo a gente precisa crescer mais um pouco. A gente vai para a pré-escola, depois vai para a escola e depois para a faculdade. E assim vai na carreira artística também. Faço parte de um trabalho e, em um certo momento, quero aprender algo novo, então vou para outro tipo de projeto. E com o Now United não foi diferente. Eu estava no projeto que me ensinou horrores durante cinco anos. Mas eu sinto que chegou o momento de aprender algo diferente, algo novo. Estava com vontade de viver uma aventura nova. Então começamos a conversa sobre a mudança há mais ou menos um ano.
Você já sabe o seu estilo musical nesta carreira solo?
Eu acho que é sempre válido experimentar. Eu fui para Londres durante um mês e moro em Los Angeles, então fui muito para estúdio com artistas que admiro muito, gente que já trabalhou com nomes como Beyoncé e Drake, por exemplo. Todo dia eu ia para o estúdio e todo dia fazia uma música diferente. Experimentei muito, várias músicas de vários estilos, mas isso me fez perceber que gosto muito é do pop.
Você já tem planos para o primeiro álbum?
Primeiro álbum ainda falta um tempo. Mas a primeira música, meu som já está tomando forma, em um processo avançado. Então eu acho que mais rápido do que as pessoas esperam eu vou ter um conteúdo novo.
Pensa em cantar em português?
Fiquem atentos às cenas do próximo capítulo! (risadas).
Quais são os artistas que você admira atualmente?
Eu admiro muito a forma como a Dua Lipa construiu a carreira dela. Acho que ela é muito inteligente em tudo o que lança. Eu amo uma artista chamada Tems, do afrobeat. Ela tem uma identidade musical muito forte.
Você pensa em tirar férias?
Jamais!! Eu acho que o anúncio da carreira solo foi o menos difícil de todos. Este ano e ano que vem vão ser os que mais vou trabalhar e dar tudo de mim. Eu não sou uma pessoa de chegar de fininho. Quero chutar a porta! É hora de trabalhar e não parar.
Você compõe?
Sim, eu fui para Londres justamente para isso. Até tive a oportunidade de escolher músicas que não fossem da minha autoria. Eu lembro de sentar e escutar estas canções, mas não me enxerguei nelas. Recebi a oportunidade de poder investir na minha própria música e pude escrever. Aí as músicas começaram a ter a minha cara, pois fui eu que fiz.
Qual a sua relação com a moda?
Eu acho que a moda é um jeito muito forte de se expressar. Especialmente quando falamos de artistas. Quando falamos em Dua Lipa, por exemplo, lembramos na hora de momentos fashion icônicos dela. Eu acho que estou crescendo em relação a isso e encontrando a minha identidade. Já encontrei o que eu gosto, acho moda muito divertido. No final é você se vestir de um jeito que se sente bem. Eu sou uma artista muito plural – gosto de muitas coisas ao mesmo tempo – e na moda não é diferente. Gosto do pretinho básico, mas também gosto de uma roupa coloridona. Acho que ainda estou formando a minha identidade visual.