Em depoimento à João Victor Marques
A influenciadora digital e apresentadora Rafa Kalimann compartilha um dia de sua rotina entre aulas de inglês, de balé e andanças por Nova York. Veja o que faz parte do dia a dia da influenciadora:
6h30
Costumo me levantar esse horário todos os dias aqui em Nova York. Como estou morando sozinha em Tribeca, acordo cedo para preparar meu café da manhã, que é algo que eu não abro mão nunca. Não consigo viver sem essa refeição. Tenho comido um bowl de iogurte com frutas e granola (que eu amo muito), muitos ovos (sou a louca do ovo e como sempre, risos) e café puro (aliás, estou me acostumando com o daqui que é muito diferente do nosso aí do Brasil).
É o momento mais importante do meu dia porque é totalmente eu comigo mesma. Preparo minha comidinha, fico pensando na vida. Gosto de colocar uma música gospel para embalar esse momento. Faço isso com muita calma, porque sempre acordo estressada. Isso me ajuda a organizar minha mente para o dia que vem pela frente.
7h
Tomo meu banho e me arrumo para ir para minha aula de inglês. Faço um skincare básico. O mais importante, para mim, é cuidar da minha pele que, inclusive, está sofrendo muito com essa alteração de clima. Foi onde mais notei o impacto da mudança de cidade. Passo meus cremes e meu protetor solar de todos os dias (indispensável).
7h30
Gosto de me arrumar para ir para o curso. Me sinto bem colocando uma roupa bacana, pensar em uma combinação que eu queira fazer. Gosto de colocar uma bota, um casacão. Vou meio preparada porque sempre faço algo depois da aula e já quero estar pronta.
8h
A essa hora já estou na rua. Vou de metrô, já que a estação é bem pertinho de casa. É o máximo o metrô daqui: muito prático e rápido e te leva para todos os lugares. No começo, não tinha um dia em que eu não me perdia. Não dava conta de raciocinar todos os nomes, mas agora já peguei o ritmo. Vou para o Brooklyn de metrô, para todos os cantos.
8h30
Já estou na aula e ela vai até as 14h. Estudo em uma escola perto do Central Park. É sempre muito gostoso usar o intervalo para ver a região.
12h
É nosso intervalo maior, de 20 minutinhos, e eu costumo descer da sala, comprar um café, ficar vendo a rua, observando as pessoas e o movimento. Acho lindo que cada esquina que você para, aqui, é uma experiência nova e uma obra de arte.
12h20
Já estamos de volta à aula. Por sinal, elas têm sido extremamente difíceis. Não imaginava que seria tão desafiador. Estou sofrendo um pouquinho, mas estou me jogando. Na cara e na coragem. Temos aulas de gramática até o intervalo e, depois, só conversação – que é a parte que mais gosto.
Na minha sala, tem pessoas do mundo todo: da Turquia, da França, do Japão. De todo canto. Temos essa troca de experiências tanto de nossas culturas locais como da vida que temos tido em Nova York. É gostoso porque a gente se sente acolhido aqui. Faço esse curso até o finalzinho de dezembro.
14h
Depois que a aula acaba, paro para almoçar em algum lugar daqui. A cada três dias, estou montando um cronograma do que quero fazer e os lugares que quero visitar. Tem dias que tenho de voltar para casa para cumprir demandas comerciais do Brasil, mas na maioria das vezes, almoço em um restaurante legal que eu quero conhecer e, em seguida, vou a alguma galeria de arte ou ponto turístico da cidade.
16h
Varia muito do dia, mas costumo ficar rodando a partir desse horário para conhecer todos os cantinhos daqui. Outros, vou ao cinema, justamente para praticar o inglês. Às vezes, volto para o bairro em que estou morando e fico andando pelas ruas daqui. Tribeca é muito legal! Fico sem rumo, me perco, me acho, vou descobrindo as lojinhas.
Uma das coisas mais legais dessa experiência toda está sendo essa possibilidade de me sentir livre, de viver tudo isso sozinha. Basicamente, a oportunidade de estar vivenciando tanta coisa nova. Tem sido um momento muito íntimo comigo mesma, sabe? Coloco meu fone de ouvido, monto uma playlist que acho que tenha a ver com meu passeio do dia e só vou. Uma coisa que notei aqui é que as pessoas jantam muito cedo. Por volta de 18h já estão jantando. Então, tem dias que encontro amigos, conhecidos e colegas brasileiros que moram ou estão aqui, e aproveitamos esse tempo para jantar e conversar bastante.
20h
Tenho feito aulas de balé com a Bethania Nascimento F. Gomes, que foi preparadora da Ingrid Silva. Inclusive, foi ela quem me indicou essa professora. A escola fica no Harlem, do outro lado. É longe, mas vou de metrô. É muito louco porque sou muito motivada a sair da minha zona de conforto. Amo isso. Quando cheguei aqui, tudo me tirou dela. O balé é uma das principais coisas que fazem me sentir assim: eu não sabia dançar, estou me esforçando. Estou me desafiando a cada dia.
22h
Já estou em casa na maioria dos dias. Tomo um banho, dou uma relaxada e já me sento à mesa para fazer minhas lições de casa do inglês, caso eu tenha no dia. Quando não, fico no celular, no WhatsApp e no Instagram. Dou uma olhada em tudo o que está rolando. É a hora que eu entro para ler as notícias, as fofocas, fico dando aquela “stalkeada” noturna. É nesse momento da noite que dou uma desligadona. Tento relaxar e ficar tranquila.
23h
Quando o sono ainda não veio, tento ver uma série ou um filme que alguém me indicou. Estou vendo muita coisa ambientada em Nova York, para seguir no clima da cidade. Vi recentemente “Faz de Conta que NY é uma Cidade” (Netflix) da humorista Fran Lebowitz.
00h
É o horário que costumo já estar deitada para dormir. Gosto de ter muitos travesseiros. De afundar na cama. Aqui, tenho uns oito travesseiros e uma coberta bem grossa. Um estilo bem americano de dormir!