Mulheres que Inspiram: Rayssa Leal demonstra o brilho da nova geração brasileira

Com apenas 16 anos de idade, recém-completados em janeiro, Rayssa Leal já está deixando uma marca indelével no mundo do skate e muito além dele. A jovem atleta brasileira, apelidada como “Fadinha”, não conquistou somente habilidades extraordinárias no esporte, mas também está redefinindo os limites do que é possível para uma jovem de sua idade. Sob quatro rodinhas, ela é a maior vencedora do circuito nacional de skate street, agora com sete títulos. A maranhense levou medalha de prata em sua estreia nas Olimpíadas de Tóquio, em 2020. Na ocasião, a esportista disputou o evento como a mais jovem da delegação brasileira. Anteriormente, com 11 anos, a brasileira foi a skatista mais jovem a vencer uma final feminina do Street League Skateboarding World Tour.

Além das pistas, ela foi anunciada como embaixadora da Louis Vuitton, a primeira brasileira a ocupar o posto no maior grupo de luxo do mundo, provando assim seu impacto e alcance global. Em uma indústria tradicionalmente dominada por figuras estabelecidas, a brasileira desafia todas as expectativas e demostra o poder do esporte sob a moda. Além de Rayssa, a LV escalou também o tenista Carlos Alcaraz, demonstrando assim o flerte com a nova geração que constrói sua carreira no esporte através de foco e determinação. Fora das quadras, a marca escolheu também o grupo de K-Pop Le Sserafim e a atriz Zendaya – outras figuras que prometem representar o novo frescor da marca francesa de lifestyle, criada em 1854. A notícia da parceria entre a brasileira, símbolo da geração Z, e a maison foi cravada durante a Semana de Moda de Paris. Na ocasião, Rayssa foi a convidada especial da apresentação outono-inverno da grife francesa. No Instagram, Rayssa divulgou vídeos e fotos do desfile e ainda postou uma foto com a atriz Millie Bobby Brown, que ganhou repercussão graças a série “Stranger Things”, da Netflix.

Assim como parte de sua geração, Rayssa não esconde a preocupação com sua saúde mental, assunto considerado tabu para muitos esportistas. A jovem já revelou que suas sessões de terapia tem sido essencial para lidar com a pressão no esporte. Durante uma entrevista coletiva antes do STU National, competição que acontece em São Paulo, a “Fadinha” revelou que intensificou o cuidado mental após a estreia nos Jogos Olímpicos. “Quanto ao nervosismo de entrar na pista, ele sempre vem, o que é normal. Desde Tóquio, faço terapia duas vezes na semana e ando bem menos nervosa. Com a meta de subir no pódio e acertar as manobras, a pressão sobre qualquer skatista é natural, temos que saber lidar com o frio na barriga. Treinamos muito, são semanas e semanas, às vezes para acertar uma única manobra”, relatou ela. É com essa mentalidade que a brasileira segue andando de skate, competindo e se divertindo. “Pode ser até no aeroporto, com meu carrinho embaixo dos meus pés, estou me divertindo. É o que amo. Foi o que escolhi para ser da minha vida: ser atleta, andar de skate e me divertir”, comentou em entrevista para o Globo Esporte. Desta forma, ela representa o futuro do Brasil da melhor forma, sendo fonte de inspiração dentro e fora do esporte.