Bom humor e inovação: veja os destaques no mundo das joias

Sem perder a ternura, o momento atual pede peças bold e statement, além de engajamento, bom humor e inovação nos materiais. Veja abaixo sete marcas de joias para ficar de olho:

Beads Byaree

A designer americana Areeayl Goodwin cresceu na Filadélfia, ao lado da mãe, uma verdadeira apaixonada pelas artes manuais. Logo cedo, percebeu que era possível fazer suas próprias joias, o que causou burburinho no grupo de amigas da escola. O sucesso foi tanto que ela fundou a própria marca, criando peças para gente como Beyoncé, Tracee Ellis Ross, Indya Moore (para quem fez brincos statement para o red carpet do The Daily Front Row Fashion Media Awards).

As bijoux da marca têm inspiração espiritual e política, fazendo alusão à violência cometida contra transgêneros nos Estados Unidos e à cultura negra ancestral.

Hannah Martin

Formada pela Central Saint Martins, a designer cult britânica é conhecida pelo mood post-punk de suas coleções. A linha “A New Act of Rebellion” vem recheada de alfinetes, parafusos e argolas, a maioria feita em ouro – material preferido da estilista –, além de malaquita e madeira, para o lado mais dark das peças.

Para a coleção, a grande inspiração punk veio de gente como Larry Fink, Collier Schorr e Stanley Greene, além de ser totalmente no gender, condição sine qua non para a designer.

Lydia Courteille

Extravagância e pompa são as palavras de ordem da designer francesa, estabelecida na chique Rua Saint-Honoré, ao lado da Place Vendôme. Seu ateliê é um verdadeiro cabinet de curiosités, cheio de peças compradas por colecionadores do mundo todo. Temas e símbolos como a fauna, a flora, o mistério e a arqueologia são explorados, cheios de bom humor. Sua última coleção, “Les légendes de la Concubine Parfumée”, traz anéis, brincos e colares inspirados na cultura asiática com opalas, jades, turmalinas, pedra da lua e granadas.

Samuel François

Designer extraordinário, François lançou sua marca em 2018, após inúmeras viagens a Nápoles, onde se apaixonou pela atmosfera macabra do Cemitério de Fontanelle, ossuário subterrâneo com mais de 40 mil ossos. Suas peças, feitas em bronze esmaltado, ganham contornos surreais e místicos, com caveiras, olhos, lágrimas e bocas. Disputadas à tapa nas vendas temporárias que o designer promove, suas joias já fazem parte do patrimônio parisiense.

Hugo Kreit

Ele se define como o criador de bijoux para extraterrestres. Hugo Kreit, um dos designers franceses mais badalados do momento, lançou sua marca no ano passado, em pleno lockdown. Peças bold e supercoloridas fazem parte do seu mundo, além de materiais inusitados como madeira, aço, gesso, fibra de vidro, alumínio, cromo líquido e parafina. Um jogo entre o bom e o mau gosto, entre o maravilhoso e o kitsch, as joias de Kreit ganharam o patamar de cult na cena europeia.

Elie Top

Joalheiro francês queridinho das estrelas, Elie Top (que já trabalhou ao lado de Albert Elbaz, na Lanvin), lança a coleção “Magica Naturae”, que presta homenagem à fauna, mas também à era de ouro da joalheria francesa. Top, que começou como estagiário na Yves-Saint Laurent, ao lado de Loulou de la Falaise, é fã de peças exuberantes e statement, como nos anos 1970. Na coleção, tartarugas, pássaros, crocodilos e garras de felinos prometem agitar as festas de finais de ano mais badaladas.

Cast

A marca americana, cocriada por Rachel Skelly, se define como uma plataforma colaborativa composta apenas por mulheres. Para a  primeira coleção, Rachel convidou três designers para criarem cápsulas exclusivas para a marca. A inglesa Alice Cicolini, a italiana
Francesca Villa e a americana Kristy Ford tiveram uma única recomendação da parte de Rachel: que fossem peças atemporais, distintas umas das outras, e com um toque artsy. O resultado é incrível e cheio de peças desejo.