Richard Quinn verão 2024 – Foto: Reprodução/Instagram/@bazaarfrance
Carrie Bradshaw sempre entendeu o valor dos sapatos, como eles podem elevar todo o visual apenas com um twist divertido nos pés. Os calçados ousados, que se tornaram um amante secreto da personagem, e cheios de estilos se transportaram para as passarelas mais recentes de Milão e Paris, trazendo uma onda de criatividade para o visual.
Entre as capitais da moda, os sapatos têm sido um ponto de atenção, com criações que fogem da mesmice – de mocassins com plataformas a saltos atualizados com rosas vermelhas, do criativo ao confortável. Se você é um amante de calçados, assim como Bradshaw, prepare-se para se divertir com os acessórios com uma dose dupla de inspiração e diversão:
A revolução dos saltos
Os saltos foram centro das atenções de alguns modelos apresentados nesta temporada. Entre formatos geométricos e shapes orgânicos inspirados na natureza, Matthieu Blazy utilizou saltos estruturais arredondados para sua nova coleção na Bottega Veneta. Na Saint Laurent, Anthony Vaccarello prova que o clássico nunca sai de moda, com altos e estilosos saltos de bico fino.
Na aguardada estreia de Sabato De Sarno como diretor criativo da Gucci, além do minimalismo e sentimento palpável de quiet luxury nas roupas, a diversão fica por conta de acessórios como mocassins característicos da casa elevados às alturas em grandes plataformas e saltos com contas prateadas cruzaram as passarelas da marca.
E se em meados de 2010, as solas vermelhas de Christian Louboutin simbolizavam um objeto de desejo coletivo, sendo até mesmo estrela de várias letras de músicas, a Burberry, de Daniel Lee, aposta nas solas azuis vibrantes como um remember da época.
Balletcore: a febre das sapatilhas
A influência das tendências recentes nas redes sociais parecem não ter esfriado muito nos pés: as sapatilhas e Mary Janes mantém seu posto como objeto-desejo das semanas de moda. Em Milão, com uma versão acetinada em tons pasteis pela Versace ou a gladiadoras refinadas, em preto e branco – na Dior por Maria Grazia Chiuri, quem sempre teve uma quedinha pelos sapatos sem saltos mirabolantes.
Na Loewe, saltos e sapatilhas em formatos arredondados são cobertos por cristais para um toque de diversão a la Jonathan Anderson.
Monotemáticos
Enquanto algumas marcas abraçaram a extravagância, outras optaram por algo diferente: a camuflagem. Sapatos como extensão dos visuais apresentados seguiam à risca os temas das recentes coleções. O visual espacial metalizado de Rabanne em conjunto com gladiadoras de correntes douradas e prateadas que subiam pelas pernas.
Os saltos no mesmo padrão das fitas de cetim em Alberta Ferretti, sapatos adornados pelas mesmas flores vermelhas dos vestidos de Olivier Rousteing na Balmain e os saltos minimalistas que alongavam os visuais em Ferragamo são outros exemplos de como as marcas prolongaram as apostas das roupas para os pés.
O novo conforto
Na década passada, houve uma frenesi coletiva pelos tênis assinados por grandes marcas. Uma iniciativa de encontrar conforto, luxo e estilo no mesmo lugar. Bem, parece que mesmo com saltos altos e cheios de adornos, as opções para manter o conforto nos pés está se inovando nos modelos.
Talvez o precursor dessa ideia de tênis de luxo, Demna Gvasalia, da Balenciaga, apresenta mais uma vez um prato cheio para os fãs de streetwear, com tênis e sapatos baixos que vieram em variações de texturas, do couro ao jeans. Para os sapatos da Schiaparelli, Daniel Roseberry continua no tema dos detalhes dourados e surrealistas que formam o DNA da marca. Além dos saltos em forma de buracos de chaves, tênis ganham placas metalizadas em formato de dedos do pé.
Seja qual for o seu estilo, uma coisa é certa: os sapatos desta temporada proporcionam muita diversão e criatividade. Oferecendo uma variação inteligente de calçados que vão do extravagante ao minimalista, do exótico ao encantador.
