“Cruella” – Foto: Divulgação

Os indicados ao Oscar 2022 já foram divulgados e Bazaar está de olho na categoria Melhor Figurino. Veja abaixo as curiosidades dos cinco filmes concorrentes este ano:

“Cruella” (Jenny Beavan)

A britânica Jenny Beavan já tem um Oscar na prateleira. Ela ganhou a estatueta de melhor figurinista em 2010, por seu trabalho em “O Discurso do Rei”. Por “Cruella“, ela também concorre ao Bafta e já ganhou diversos prêmios, como o Chicago Indie Critics Awards. Para este longa-metragem, Jenny criou 277 figurinos só para os personagens principais – 47 deles apenas para Cruella.

Entre os destaques estão o vestido brilhante inspirado no “Tree Dress”, de Charles James; e uma saia decorada com 5.060 pétalas, todas costuradas à mão. Outras peças foram garimpadas em brechós e mercados famosos, como o Portobello Road Market, em Londres, onde Jenny buscou itens dos anos 1970, década em que se passa a produção.

“Cyrano” (Massimo Cantini Parrini e Jacqueline Durran)

Massimo Parrini concorreu no ano passado ao Oscar na mesma categoria por seu trabalho em “Pinóquio”. Já Jacqueline levou a estatueta em 2020, por “Adoráveis Mulheres”. Essa dupla incrível é quem assina a moda de “Cyrano”, que conta a clássica história do personagem Cyrano de Bergerac e seu amor por Roxanne, com mais de 700 figurinos realizados.

A trama se passa em meados de 1700 e o figurino é muito iluminado, marcado por tons pastel e tecidos com transparências. Destaque ainda para os uniformes militares, que têm grande importância na trama. Todos esses looks foram feitos em linho. Ao todo, foram mais de 300 uniformes produzidos.

“Duna” (Jacqueline West e Robert Morgan)

Esta é a primeira vez que Morgan é indicado ao Oscar. Já para Jacqueline é a quarta vez – é dela, por exemplo, o figurino de “O Curioso Caso de Benjamin Button”, que concorreu em 2009.

O figurino foi em grande parte baseado no original “Duna”, de 1984. Os soldados Harkonnen vestem volumosas armaduras verdes, os trabalhadores Atreides vestem uniformes pretos com gola alta e quepe, e os Sardaukar usam macacões com silhueta ajustada ao corpo. A dupla diz que perdeu a conta de quantos figurinos desenharam para o elenco, mas revela que foram contratados quase 200 colaboradores para conseguir concluir o trabalho.

Os primeiros trajes a serem desenhados foram os icônicos uniformes destiladores usados pelos Fremen, os habitantes originais do planeta Arrakis. Essas armaduras são multitarefas, projetadas para reaproveitar fluidos corporais como suor e transformá-los em água potável, necessários para sobreviver no deserto.

“O Beco do Pesadelo” (Luis Sequeira)

“O Beco do Pesadelo” tem figurino de Luis Sequeira, que já foi indicado em 2017 por outro trabalho com o diretor Guillermo del Toro, “A Forma da Água”. A trama se desenvolve na Nova York dos anos 1940 e ganha looks opostos: retrata os artistas pobres de um circo de horrores, com suas vestes rotas e sujas de um lado; do outro a elite da Big Apple, com seus fraques e vestidos elegantes. A pegada é do cinema Noir.

Para desenhar o figurino, Serqueira ganhou do governo britânico vários ternos originais de 1939, ainda com a etiqueta. Ele então reuniu um time de alfaiates para criar as peças a partir dos originais. Ao todo, foram desenhados 242 looks para a produção.

“Amor, Sublime Amor” (Paul Tazewell)

“Amor, Sublime Amor” é um remake dirigido por Steven Spielberg, com figurino de Paul Tazewell, que recebe sua primeira indicação a um Oscar. Tazewell veio direto da Broadway – escolha acertada para um musical. Ambientada nos anos 1950 e retratando um amor que nasce em meio a uma briga entre gangues, a história tem a comunidade latina em solo norte-americano como personagem principal.

Os figurinos à la James Dean são o hit para os rapazes, com a dupla t-shirt e jeans muito em voga. Os vestidos acinturados e com saias rodadas, que garantem o movimento na hora da dança, são as escolhas das garotas. Para se inspirar, Tazewell estudou as fotografias de Bruce Davidson, que fez fama naquela década por retratar as gangues do Brooklyn.