Safaris são sempre inesquecíveis, grandiosos. O contato tão próximo com a natureza e a vida selvagem acontecendo sob nossos olhos é algo que faz pensar. Conhecer a África sob este prisma é um luxo por si só, mas, se colocarmos nesta conta a qualidade dos serviços como um todo, destacando a experiência hoteleira, certamente seremos surpreendidos pelo conjunto da obra.
No finalzinho de 2018 estive no Sabi Sabi, um Game Reserve privativo que fica dentro da reserva Sabi Sand, localizada na parte sul do Kruger Park, o maior parque de safári do mundo.
Escolher a Africa do Sul, casa do Kruger, para se inciar nesta arte une a facilidade de acesso, clima aprazível e lodges absolutamente bárbaros. Isso sem contar o fato de que a dupla Safari/Capetown é altamente recomendada, já que a cidade está na rota da savana e é apenas imperdível.
A diferença primordial entre escolher uma área privativa, como o Sabi Sabi, ao invés de se alojar em camps convencionais, além do nível das acomodações, está diretamente relacionada com a riqueza de sua experiência de campo, digamos assim. Ocorre que na área do Kruger, os safaris acontecem seguindo trilhas pre-determinadas, estradas de fato. Porém, nas reservas particulares como Sabi Sabi é permitida a exploração off road, o que nos aproxima dos animais e permite a observação de espécies quer talvez nem fossem avistadas se não nos embrenhássemos pelos bushes. Recomendo ficar atento a este detalhe em qualquer região, qualquer país: safari, sempre com a possibilidade do off road. Muda tudo.
Me hospedei em dois lodges diferentes, o Earth Lodge e o Bush Lodge, e, cada um com seus encantos, ambos me surpreenderam principalmente pelo alto padrão de serviços e acomodações. Quanto à hospitalidade africana, nem tenho espaço suficiente para elogiar. Vale lembrar que o Sabi Sabi ainda conta com mais dois lodges: Selati Camp e Little Bush Camp.
O Earth Lodge é exatamente o símbolo da nova era do luxo nos safáris da África do Sul. Um espetáculo para quem está dentro, invisível na paisagem para quem está fora. Incrível a disposição dos ambientes, incrível o décor, muita luz, muita textura, panoramas impactantes, ,impressionante a harmonia entre todos os elementos. Chega a ser sensorial à primeira impressão. Sofisticação define.
Tem apenas 13 suítes – uma delas a Presidencial, imensa! – super chics, com ar inovador, eu diria. O mobiliário é todo tailor made e as esculturas do sul-africano Geoffrey Armstrong são especiais ao ambiente, notavelmente despido de adornos. O mix ideal entre os conceitos de natureza e luxo, que envolve de fato a fenomenal natureza e elegância ímpar.
Aqui os game drives, além de off road, são em veículos privativos, ou seja: você não divide seu 4×4 com outros hóspedes. Um casal em Lua de Mel, muito provável neste lodge, hiper convidativo para a celebração, permanecerá a sós durante toda a estadia, por exemplo. As saídas acontecem duas vezes por dia e são acompanhadas por rangers e trackers absurdamente experientes.
Mas como nem só de safári vive um lodge na savana, preciso destacar outros pontos altos do Earth como: a adega com mais de 6000 rótulos raros; a gastronomia de primeira linha; o boma, onde o fogo e as estrelas são capazes de hipnotizar; o SPA do premiado grupo Amani, especializado em African Safari Spas, super conceituado e que atua apenasnos mais exclusivos lodges.
O Bush Lodge, minha outra casa no Sabi Sabi, é um pouco maior, conta com 25 suítes e não tem a pretensão de impactar como faz o Earth, mas é tão valioso quanto. Fica realmente no meio dos arbustos – os bushes – e é conhecida como “sua casa de luxo nos bushes”, definição perfeita. A decoração é agradável, tem cara de safári convencional com toques africanos diversos. Dentre as acomodações, há uma Suite Deluxe bem suntuosa, e duas espaçosas Villas. Este lodge é ideal para receber famílias e conta com o EleFun, uma área para crianças de 4 a 12 anos com mil atividades supervisionadas por uma equipe super qualificada que oferece basicamente o que chamam de “edutretenimento”.
Na minha opinião, a idade ideal mínima para as crianças é de 6 anos. Importante frisar que as crianças que viajam para a República da África do Sul exigem documentação adicional. As regras para entrada de menores de idade na África do Sul são rigorosas e observadas ainda no Brasil, durante o check in no aeroporto. Documentos oficiais em português devem estar acompanhados da tradução juramentada em inglês. A autorização de viagem para menor acompanhado de só um dos pais ou desacompanhado deve ser bilíngue e emitida em duas vias pois uma será retida pela polícia federal na saída do Brasil e outra deverá ser apresentada na imigração da África do Sul.
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