Por Rodrigo Yaegashi e Marcela Palhão
Dando início à semana de moda de Paris, a Dior de Maria Grazia Chiuri parte de fotos e memórias da diretora criativa da sua mãe, também estilista. O desfile abre com uma nítida referência a Edie Sedgwick, a it-girl dos anos 1970, musa de Andy Warhol. Com claras referências feministas, apesar de nem sempre a silhueta ser da época, são os 70’s que dão o tom à coleção.
Os looks college ganham destaque, com saias míni, gravatas de tule e xadrezes de todos os tipos. Macacões esportivos, vestidos fluidos e lenços amarrados na cabeça, de inspiração da década, são modernizados com tênis e flats. Vale lembrar que Maria Grazia foi a primeira a resgatar as franjas na temporada couture, e agora elas voltam em uma versão mais usual nesse prêt-à-porter.
Claire Fontaine, artista feminista que colabora com Grazia nesta temporada, traz este discurso para o cenário. O chão, por exemplo, foi coberto com páginas do “Le Monde”, na obra intitulada “Le Monde Pixélisé”. E letreiros luminosos posicionados acima da plateia complementavam os looks e, discretamente por debaixo da alfaiataria impecável da marca surgiam t-shirts com as palavras ou frases estampadas. Duvidam que serão hit?
Veja dez coisas que amamos na coleção:
T-shirts
Depois de “We Should All Be Feminists”, “I Say I” e “Women’s Love Is Unpaid Labour” estampam camisetas.
Franjas
Depois de apostar em franjas na couture, Maria Grazia Chiuri deu ares mais usuais para esta tendência em seu prêt-à-porter.
Musa
A Dior abriu seu desfile com uma forte referência à Edie Sedgwick, musa de Andy Warhol.
College
Revisitando visuais college, a label apostou em algumas de suas características típicas – como minissaias, camisas, xadrez e gravatas -, mas modernizou com o uso de coletes e mistura de estampas.
Anos 70
Vestidos fluídos e lenços usados na cabeça foram alguns detalhes que levaram os anos 70 para a passarela. Tênis e flats deram ares mais modernos aos visuais.
Couro
Seguindo uma tendência muito forte em Milão, a Dior apresentou peças incríveis em couro.
Transparência
Recurso usado por toda a coleção, a transparência deixou o underwear da marca à mostra.
Colete
Uma das maiores apostas da Dior para o inverno 2020 são os coletes.
LBD
A Dior apresentou uma extensa gama de vestidos pretos.
O cenário
Com uma colaboração com Claire Fontaine, a Dior criou um cenário em que grandes palavras iluminadas formavam alguns lemas feministas, como “Patriarchy Kills Love” e “When Women Strike, the World Stops”.
Assista ao desfile em vídeo: